mas ainda não tem informações precisas sobre a situação.Por Antônio José do Carmo Andradina (SP), 7 (AE) - A barreira sanitária imposta pelo Ministério da Agricultura aos animais do Mato Grosso do Sul e agora também ao gado do Paraguai está prejudicando frigoríficos paulistas, que podem fechar as portas nas próximas semanas. A previsão é do deputado Edson Gomes (PPB), presidente da comissão permanente de Agricultura na Assembléia Legislativa paulista e que nessa terça-feira organiza na capital um encontro com autoridades, empresários e técnicos do ministério para discutirem o assunto. Segundo Gomes, "é preciso encontrar uma alternativa técnica e econômica para que os animais sadios em condições de abate possam vir do Mato Grosso do Sul para São Paulo". O bloqueio também é apontado como principal causador da diferença de preços da arroba, que em Araçatuba está custando R$ 42,00 mas em Campo Gande (MS) valia hoje apenas R$ 35,00. Em Andradina, o Frigorífico Friboi-Mouran reduziu de 1.000 para 400 a quantidade de animais abatidos diariamente porque não está conseguindo trazer gado em pé ou carne do Mato Grosso do Sul. Um dos diretores, Wesley Mendonça Batista, disse que já demitiu 200 dos 700 funcionários e mais 100 estão de aviso prévio. Segundo Batista, as alternativas aprovadas pelo Ministério da Agricultura para abastecer São Paulo não foram eficientes. Está autorizado o transporte da carne sem ossos e dos animais vivos após exame sorológico e quarentena. Batista afirma que as indústrias do Mato Grosso do Sul não possuem equipamentos para realizar a desossa na quantidade necessária e as quarentenas se tornaram impossíveis porque no Brasil não existem laboratórios com estrutura para efetuar o serviço. Uma das saídas para a crise sugerida pelos empresários, é a "análise de risco". Eles propõem que uma equipe técnica avalie o gado de cada fazenda, liberando para transporte até São Paulo somente aqueles lotes originários de propriedades que possuem documentação sobre as vacinações periódicas realizadas em seus rebanhos. Muitos frigoríficos estavam tentando suprir a falta de gado, comprando boiadas do Paraguai. Mas desde sexta-feira o ministério proibiu a entrada de bovinos daquele país, alegando a existência de uma doença muito parecida com a febre aftosa e que já teria provocado a morte de muitos animais. Segundo o jornal ABC, um dos principais de Assunção, na colônia de Nueva Durango os pecuaristas vacinaram 13.000 cabeças de gado que apresentam sintomas parecidos com a febre aftosa. No entanto, Luis Acuña, do Serviço Nacional de Saúde Animal do Paraguai, afirmou que tudo não passa de uma "virose insignificante". O ministério enviou uma equipe para o Paraguai