Cubatão, SP, 12 (AE) - Cerca de R$ 2,5 milhões deixaram de ser faturados em um único dia pelas cinco indústrias de fertilizantes de Cubatão, na Baixada Santista, em decorrência dos congestionamentos registrados no sistema Anchieta-Imigrantes no final do ano e início deste mês. O trajeto entre a cidade e a capital, feito, geralmente, em até uma hora e meia, em alguns casos chegou a seis horas.
Janeiro sempre foi considerado um mês problemático para as indústrias do pólo petroquímico, em razão da movimentação de turistas nas estradas da região. Desta vez, porém, com o fechamento da pista sul da Anchieta, por causa do deslizamento da encosta no Km 44, a situação se complicou. De acordo com o diretor-adjunto do Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp de Cubatão), Ricardo Felipe Lascane, a estimativa das perdas foi feita no primeiro dia útil deste ano, quando as indústrias de fertilizantes (Ultrafértil, Solorrico, Serrana, Manah e IFC) deixaram de movimentar 10 mil toneladas de produtos.
"Muito mais grave que deixar de faturar é o risco que as empresas instaladas no pólo correm de não poder atender eventuais vítimas, caso ocorra algum acidente naquela região", disse. Ele destaca que não só as estradas ficam congestionadas, como todos os acostamentos tomados por maus motoristas. A repetição desse tipo de incidente tem levado os dirigentes das empresas a promover constantes reuniões para debater o assunto, uma vez que a rotina das indústrias muda radicalmente durante a temporada de verão.
Como as empresas trabalham 24 horas, acabam enfrentando dificuldades na rendição dos turnos, com os constantes atrasos na entrada e saída dos trabalhadores. "Estamos até pensando em criar rotas alternativas que poderiam passar por dentro das indústrias, como por exemplo da Cosipa, para atender os interesses dos trabalhadores", explicou, assinalando que a instalação de uma marginal não vai resolver a questão, considerada crônica. Projeto nesse sentido deve ser encaminhado às autoridades estaduais para apreciação.