Índice de malária teve crescimento recorde no Amazonas
PUBLICAÇÃO
sábado, 01 de janeiro de 2000
Agência Estado
De Manaus
Órgãos ligados à saúde decidiram mudar a estratégia de combate à malária no Amazonas. Devido à dificuldade de erradicar o mosquito transmissor da doença (o Anofelino) em áreas como a Floresta Amazônica, a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM) está priorizando o diagnóstico e o tratamento do homem.
Os casos de malária no Amazonas devem ter fechado 1999 com um índice 45% superior ao registrado no ano passado. Um recorde de ocorrência, com 167 mil novos casos. A previsão da FMT era de que os números da doença fossem ainda maiores: cerca de 180 mil novos casos até dezembro, mas o esforço conjunto já vem permitindo uma diminuição nas ocorrências. Segundo o presidente da entidade, médico Wilson Alecrim, o primeiro resultado da parceria pôde ser observado em outubro, com uma redução de seis mil casos em relação a setembro.
Para atingir a meta de nos próximos três anos reduzir em 50% o número de casos da doença está sendo montada uma frente envolvendo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e secretarias estaduais e municipais de Saúde e órgãos ligados ao saneamento básico. Profissionais que atuam no Programa de Agentes Comunitários estão sendo treinados. A meta é que ao primeiro sinal de febre, acompanhada de dores, calafrios e suor abundante, essas pessoas tenham a possibilidade de tratamento imediato.
