São Paulo, 7 (AE) - O ICV calculado pelo Dieese deverá ficar em torno de 0,5%, em fevereiro, segundo Cornélia Nogueira Porto, sub-coordenadora do Dieese. Segundo ela, em fevereiro, já não terão mais peso as tarifas telefônicas e gastos com mensalidades escolares. A mesma taxa, prevê, deverá ocorrer em março. "Isto só não ocorrerá se a economia aquecer e entrarmos numa espiral de reajuste de preços", afirmou.
Nos últimos 12 meses, o ICV acumula alta de 9,36%. Os grupos que apresentaram variações superiores a 7% foram: transportes (19,61%); saúde (13,67%); habitação (7,98%); equipamentos domésticos (7,93%); educação e leitura (7,90%); e alimentação (7,14%). O único grupo com deflação foi o de vestuário, com queda de 0,51%. O custo de vida das diferentes famílias paulistanas variam de acordo com a renda. Em janeiro, o maior impacto ficou por conta das famílias com renda média de R$ 2.792,90, com uma taxa de 1,41% e variação de 0,67 ponto percentual, em relação ao índice de dezembro, que atingiu 0,74%, a mais expressiva. Aumento significativo foi verificado para rendimentos médios de R$ 934,17, ou seja, ICV de 0,95%, com pequena diferença de 0,09 ponto percentual sobre dezembro (0 86%). A menor taxa (0,71%) é referente à renda média de R$ 377 49, com alta de 0,87%, acusando uma queda de 0,16 ponto percentual, se comparado a dezembro último.
Ano - Cornélia Porto projeta um índice de inflação em torno de 6% para o ano se houver um realinhamento de preços apenas no setor de serviços. Se a economia crescer haverá um reajuste generalizado provocando alta acentuada da inflação.