Com a previsão de implantação de novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no HU (Hospital Universitário) para suprir a demanda do coronavírus pela internação de pacientes, a previsão da diretoria é de que o hospital precisará contratar cerca de 80 profissionais da saúde. Destes, cerca de 30 são médicos plantonistas. Atualmente, três pacientes com diagnósticos de covid-19 confirmados e outros 14 com sintomas da doença considerados suspeitos estão internados no HU da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
“Para montar as UTIs eu preciso de médicos plantonistas 24 horas por dia. Para cada dez leitos é no mínimo dez médicos porque um médico faz uma carga horária de 20 horas e eu preciso cobrir uma escala de 30 dias. Então para 36 leitos e mais dois de UTI pediátrica, eu preciso de aproximadamente 30 médicos, além de infectologistas, pneumologistas para dar toda essa retaguarda por meio da vigilância epidemiológica dentro do Hospital e cuidado destes pacientes com agravamento respiratórios”, explicou a superintendente do HU, Vivian Feijó.
No final da semana passada, o HU ganhou dez respiradores e dez monitores para o tratamento de pacientes com síndromes respiratórias da Secretaria Municipal de Saúde e deu início nesta semana à implantação destes leitos.
Questionada se a morte de um paciente de 56 anos de Cambé nesta segunda-feira teria ocorrido por conta de complicações causadas pelo coronavírus e que representaria a primeira morte pela doença em Londrina, a superintendente avaliou que seria irresponsabilidade dizer que sim sem a confirmação através de exames laboratoriais. “Temos que tomar muito cuidado, sabidamente ainda não tivemos”, reafirmou.
Atualmente, servidores do HU que fazem parte do grupo de risco e podem trabalhar de forma remota, como os do setor administrativo do Hospital, foram liberados para trabalhar em home office. “Exclusivamente administrativas, a parte de faturamento, convênios. Mas a parte de compras hoje não posso disponibilizá-los em home office porque são serviços essenciais para que possamos dar andamento a toda essa logística de compra de suprimentos, medicamentos e prestação de serviços”, avaliou.