Com a previsão de implantação de novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no HU (Hospital Universitário) para suprir a demanda do coronavírus pela internação de pacientes, a previsão da diretoria é de que o hospital precisará contratar cerca de 80 profissionais da saúde. Destes, cerca de 30 são médicos plantonistas. Atualmente, três pacientes com diagnósticos de covid-19 confirmados e outros 14 com sintomas da doença considerados suspeitos estão internados no HU da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

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. | Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

“Para montar as UTIs eu preciso de médicos plantonistas 24 horas por dia. Para cada dez leitos é no mínimo dez médicos porque um médico faz uma carga horária de 20 horas e eu preciso cobrir uma escala de 30 dias. Então para 36 leitos e mais dois de UTI pediátrica, eu preciso de aproximadamente 30 médicos, além de infectologistas, pneumologistas para dar toda essa retaguarda por meio da vigilância epidemiológica dentro do Hospital e cuidado destes pacientes com agravamento respiratórios”, explicou a superintendente do HU, Vivian Feijó.

No final da semana passada, o HU ganhou dez respiradores e dez monitores para o tratamento de pacientes com síndromes respiratórias da Secretaria Municipal de Saúde e deu início nesta semana à implantação destes leitos.

Questionada se a morte de um paciente de 56 anos de Cambé nesta segunda-feira teria ocorrido por conta de complicações causadas pelo coronavírus e que representaria a primeira morte pela doença em Londrina, a superintendente avaliou que seria irresponsabilidade dizer que sim sem a confirmação através de exames laboratoriais. “Temos que tomar muito cuidado, sabidamente ainda não tivemos”, reafirmou.

Atualmente, servidores do HU que fazem parte do grupo de risco e podem trabalhar de forma remota, como os do setor administrativo do Hospital, foram liberados para trabalhar em home office. “Exclusivamente administrativas, a parte de faturamento, convênios. Mas a parte de compras hoje não posso disponibilizá-los em home office porque são serviços essenciais para que possamos dar andamento a toda essa logística de compra de suprimentos, medicamentos e prestação de serviços”, avaliou.