Médicos, enfermeiros e toda a equipe de profissionais do Hospital Universitário de Londrina comemoraram a melhora no quadro de saúde de uma jovem de 33 anos que estava internada em estado grave na UTI. Infectada pelo novo coronavírus, a paciente permaneceu 12 dias entubada na unidade e recebeu alta do setor no início da tarde deste domingo (5).

Imagem ilustrativa da imagem HU de Londrina comemora primeira alta da UTI de paciente com Covid-19
| Foto: Marcos Zanutto/Grupo Folha

A transferência da UTI para a enfermaria da Unidade de Moléstia Infecciosa causou comoção e alento à equipe que acompanha diariamente o aumento no número de casos suspeitos da doença em Londrina e região. O HU é um dos hospitais referenciados no Paraná para atender casos graves do novo coronavírus.

A paciente foi uma das primeiras diagnosticadas com Covid-19 em Londrina. A jovem veio dos Estados Unidos e foi encaminhada pelo Samu ao HU. Durante a internação, desenvolveu quadro de insuficiência respiratória.

“Ela foi extubada na sexta-feira (3), mas tinha ainda algumas alterações nos exames clínicos. Por isso, ficou até hoje [domingo]. Agora ela teve alta da UTI, está consciente e comunicativa e ainda vai finalizar o tratamento com os antibióticos. Ela receberá cuidados médicos e também de enfermagem e fisioterapia para que possa ter o restabelecimento respiratório e aí sim condição de alta do hospital”, explicou a superintendente do HU, Vivian Feijó.

A jovem deixou o setor sob aplausos dos funcionários. “A gente vibrou a cada evolução dela. Ela é jovem, tem dois filhos pequenos, o marido mora nos Estados Unidos. O pai dela permanece internado em estado grave na UTI. A avó e os filhos foram acompanhados e não desenvolveram sintomas”.

Conforme a superintendente do HU, o hospital já registrou outras altas de pacientes com Covid-19. No entanto, este foi o primeiro caso grave com alta da UTI.

“A equipe tem se superado a cada dia. Viver uma pandemia é um momento que tira a gente da zona de conforto, de tudo aquilo que a gente fazia. Nos desafia a fazer o novo, para uma doença nova que necessita de uma mudança num processo de logística assistencial bastante intensa, desde a postura, paramentação e critérios de atendimento. Tudo isso também se mistura ao medo dos profissionais. Para a gente, ver a paciente saindo bem é um sinal de vitória, de alegria, de emoção e de fazer valer a pena cada minuto. O HU vive hoje um momento muito desafiador para todos nós, mas também um momento de engajamento coletivo para que a gente possa superar a pandemia da Covid-19”, ressaltou.

Feijó lembrou ainda os investimentos feitos pelo governo do Estado, a colaboração da Prefeitura de Londrina e as doações feitas por empresários e por toda a comunidade ao HU.

“Temos encontrado uma solidariedade enorme por parte da sociedade civil a favor do próximo. Através das doações, através das orações, do investimento de talentos para a ajuda na construção de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] e doações de itens importantes como máscaras, aventais e produtos de limpeza”, finalizou.