Rio, 10 (AE) - O Hospital Municipal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, cometeu um erro e deu um susto família do aposentado Ivo Ferreira Peixoto, de 79 anos, internado em 24 de dezembro, após sofrer um acidente vascular cerebral. Na sexta-feira parentes de Peixoto receberam a notícia de sua morte ao chegar para visitá-lo. O hospital chegou a entregar à família um atestado de óbito, que apontava como causas da morte insuficiência respiratória, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial.
No dia seguinte um telefonema de funcionários do Cardoso Fontes informava que Peixoto não havia morrido e continuava internado, em estado grave. "Cheguei lá e eles disseram que meu pai tinha falecido", reclamou a auxiliar de serviços gerais Ana Maria da Silva.
Prontuários - A diretora do Cardoso Fontes, Luíza Nahmias, disse que o problema foi causado pela troca de prontuários médicos de dois pacientes com quadros semelhantes, internados na mesma enfermaria - quem morreu foi outro aposentado, Benedito Franklin, de 76 anos.
Segundo Nahmias, foi quebrada a rotina de comunicação de óbitos do hospital, mas ainda não há como apontar responsáveis pela falha. O médico que assinou o atestado, Márcio Augusto Corrêa, não foi localizado pela reportagem."Houve um equívoco lamentável, por isso instauramos uma comissão de sindicância para apurar quem foram os responsáveis", disse a diretora. O resultado deverá sair em 30 dias
Peixoto permanecia internado em estado grave até as 17 horas de hoje. "Não temos mais confiança nesse hospital, se pudesse tirava meu pai daqui", disse o auxiliar de manutenção Aluísio Peixoto. A diretora do hospital informou que o aposentado não apresentava condições clínicas para ser removido.

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