Imagem ilustrativa da imagem Hospital de Campanha do HU terá novos profissionais até 10 de junho, diz Ratinho Jr

Os novos profissionais contratados para trabalhar no Hospital de Campanha do HU (Hospital Universitário) de Londrina devem começar a trabalhar até o dia 10 de junho. A afirmação foi feita pelo governador Ratinho Junior (PSD), durante coletiva na tarde desta quinta-feira (28), em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina).

"Foi criado pela Saúde todo um planejamento para fortalecer nossa rede pública, não só dos hospitais do governo do Estado , mas também foi feita uma parceria com os hospitais filantrópicos (como as Santas Casas) e alguns privados que atendem o SUS (Sistema Único de Saúde). Nós criamos uma ampliação nos hospitais universitários, que é o caso de Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa", apresentou o governador.

Conforme Ratinho, os equipamentos já estão todos instalados e preparados no HU de Londrina. "Está no trâmite final da contratação de profissionais. Fizemos um chamamento de empresas terceirizadas na área de Recursos Humanos com profissionais da saúde, mas não tivemos empresas interessadas no contrato. Estamos agora fazendo um PSS (Processo Seletivo Simplificado), que é uma contratação provisória, por um período."

No entanto, o governador ressalta que pelas informações que recebeu da secretaria de Saúde e da secretaria de Ensino Superior e Tecnologia, até dia 10 de junho estarão disponíveis esses profissionais de saúde no HU à disposição para atender a população. "Isso vai nos dar a oportunidade de ampliar os leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e enfermarias no HU que já tem o dinheiro garantido para isso", informou.

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. | Foto: Rodrigo Félix Leal - AEN

CONTORNO NORTE DE ARAPONGAS ERA REIVINDICAÇÃO ANTIGA

Ratinho Junior esteve em Arapongas para assinar a ordem de serviço do Contorno Norte do município. O investimento previsto é de R$ 121,7 milhões e será feito pela empresa que administra o trecho, respeitando o contrato de concessão da BR-369.

Com a obra finalizada, o tráfego da rodovia será desviado do perímetro urbano de Arapongas. O contorno vai começar no quilômetro 191 da BR-369, alguns metros ao norte do totem que demarca o Trópico de Capricórnio. A nova pista seguirá a leste da rodovia e voltará a se encontrar com a estrada principal nas proximidades do pavilhão de exposições de Arapongas, pouco antes da praça de pedágio do município. No total, serão 10,2 quilômetros de extensão. O término da obra está previsto para novembro de 2021.

"É uma obra muito importante, pois sabemos que este eixo que vai de Apucarana-Arapongas-Rolândia-Cambé chegando a Londrina é um grande entroncamento de caminhões, carros e, em especial, de transporte de carga. E nós tínhamos um problema histórico em que essas cidades são cortadas por rodovias, muitas vezes atrapalhando o comércio e criando muitos acidentes nesses municípios. Esta obra está dentro do planejamento estratégico no Estado na parte de infraestrutura, que é fazer o Paraná ser a central logística da América do Sul", disse o governador.

ABERTURA DE ACADEMIAS DEPENDE DE CADA MUNICÍPIO

Questionado quanto à reabertura de academias em Londrina, o governador informou que decreto do Estado não restringe o retorno. "Desde o início da pandemia, a gente foi adaptando o decreto conforme foi entendendo como se comporta o vírus, como as pessoas iriam reagir e que decisões precisavam ser tomadas. Hoje existe um decreto federal que coloca as academias como serviços essenciais e dá a autonomia para os municípios regulamentarem, criar critérios", explicou.

Segundo Ratinho, o comitê de especialistas do Paraná criou uma normativa, mas cada município deverá avaliar sua realidade. "Já temos vários municípios com as academias abertas, como Arapongas. Fica muito caso a caso, porque não tem como nós, como governo do Estado, fazermos um decreto universal. Até porque temos cidades de 5 mil habitantes e cidades grandes como Londrina, Curitiba, Cascavel."

"Caberá ao município fazer uma avaliação de que forma pode abrir as academias, com critérios. Lógico que não pode ter acúmulo de pessoas e esportes de contato têm que ter uma normativa para fazer só a parte mais fundamental. Tudo isso tem que ser regulado. Mas o governo fez um decreto que dá uma normativa e o município fica responsável em buscar um critério para ser abre ou não", ponderou.

PERDAS NO PARANÁ CHEGAM A R$ 3,6 BILHÕES

Ratinho Junior detalhou que as perdas de recursos do Paraná com a pandemia estão em torno de R$ 3,6 bilhões, e o Paraná deve receber aproximadamente R$ 1,9 bilhão provenientes de recursos de uma lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira (27).

"Todo recurso repassado para o Estado ajuda bastante. Mas vai faltar ainda muito dinheiro para conseguir 'tapar o buraco'. Mas estamos fazendo lição de casa: 'enxugando a máquina' onde podemos enxugar, segurando secretarias nos investimentos que estavam no cronograma deste ano mas que não eram a prioridade como é a Educação, a Saúde, a Segurança, e também o combate à Covid-19", esclareceu.

Portanto, para Ratinho, o foco hoje é manter a máquina pública, pagar os salários dos servidores e, acima de tudo fazer o enfrentamento do coronavírus com a estrutura que está sendo montada há um bom tempo na Saúde. "Nós vamos trabalhar para chegar no final do ano no zero a zero, mas com muita dificuldade, não será tão simples, mas eu acredito e confio na competência da nossa equipe para tentar amenizar esse problema", detalhou.

No que diz respeito aos municípios, o governador lembrou que também estão fazendo essa mesma gerência de 'enxugar' o máximo possível. "O Governo do Estado permitiu que, quanto aos empréstimos de obras que os municípios tinham com a Fomento Paraná, até dezembro não vão precisar pagar. São alguns milhões de reais dos municípios do Paraná que tinham esse débito, era sacado do caixa dos municípios, e nós estamos dando esse fôlego para, de alguma maneira, amenizar", afirmou.

"Nosso grande objetivo com essas obras que estão acontecendo, como as obras da leniência, estamos captando recursos de um empréstimo de R$1,6 bilhão mais obras no Estado, é justamente fazer com que a infraestrutura possa gerar mais empregos. Gerando mais empregos, a gente tenta, com todo esse projeto de recuperação, fazer com que esse dinheiro seja gasto no comércio e o comércio acaba ajudando na arrecadação dos municípios", pontuou.