O horário de verão termina na madrugada de domingo (17) em dez Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. Na oportunidade, os relógios deverão ser atrasados em uma hora. O novo horário estava em vigor desde o último dia 4 de novembro.

Neste ano, o horário de verão foi mais curto e teve duração de 105 dias, 15 a menos do que o costume. Tradicionalmente iniciando no terceiro mês de outubro, a mudança veio através de um decreto assinado em dezembro de 2017 pelo então presidente Michel Temer, atendendo a um pedido do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para que o início do horário de verão não caísse entre o primeiro e o segundo turno das eleições. Devido ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) - que foi realizado nos dias 4 e 11 de novembro, o Ministério da Educação pediu à Presidência uma nova alteração na data, pedido que não foi atendido.

Com o fim do horário de verão, a adaptação exige cuidados. Clínico geral do Hospital Evangélico, Rodrigo Bettega elencou três pontos aos quais a população deve se atentar. "Na questão do sono, tão debatida entre quem não gosta do horário de verão, o conselho é de antecipar a hora de deitar, pelo menos na primeira semana, até voltar à antiga realidade. O despertar durante a noite gera queixas entre quem precisa acordar muito cedo."

O segundo ponto, de acordo com Bettega, abrange a alimentação. "Refeições mais leves contribuem para a readaptação do relógio biológico", alertou. O terceiro e último conselho do médico vai para quem gosta de praticar exercícios no fim da tarde. "Caso seja possível, programar as atividades para a manhã, tanto na parte fisiológica quanto pela segurança."

Em um aspecto geral, Bettega afirmou que a "volta" para o horário normal é menos intensa do que o início do horário de verão, justamente pela hora a mais de sono. "Os trabalhadores noturnos, plantonistas, são os que mais sentem os efeitos. Esse retorno para os jovens e adolescentes, por exemplo, praticamente não percebem", concluiu.

O construtor Waldir Mendes da Silva disse que sentirá falta do horário de verão. "Se ficasse só nesse aqui, seria uma beleza. Consigo assistir meus programas na TV, durmo mais cedo, sem problema nenhum." "Você acaba aproveitando mais o dia, fazer alguma atividade física. Até mesmo na parte da segurança, saindo do trabalho enquanto ainda está claro, você se sente mais protegida", observou Letícia Hellen, que estava à procura de emprego. A desempregada Claudia Marinho se declarou indiferente à mudança, mas lembrou de quem possui uma rotina de trabalho. "Geralmente acabam acordando cedo e aí sofrem mais com as mudanças."

Imagem ilustrativa da imagem Horário de verão termina neste fim de semana
| Foto: Infográfico



DE OLHO NO CELULAR

Carlos Valeze, que trabalha em uma loja de celulares no Calçadão, alertou para que a população não se assuste caso o celular atrase uma hora de forma automática. "Na maioria dos celulares existe a opção de mudança automática do horário de verão, dentro da parte de 'data e hora'. Se estiver marcada, não é necessário alterar manualmente", explicou.