Imagem ilustrativa da imagem Guarda municipal que matou três em Londrina será exonerado
| Foto: Anderson Coelho/Grupo Folha


O prefeito Marcelo Belinati (PP) adiantou em entrevista nesta sexta-feira (15) que irá seguir a recomendação da Corregedoria da Guarda Municipal e assinar a exoneração de Ricardo Leandro Felippe, 39 anos, acusado de matar três pessoas a tiros em Londrina em abril deste ano. Dentre as vítimas, estão a sócia de uma ex-companheira, o filho de 16 anos e o pai de outra ex-namorada. Este último faleceu dias após no hospital.

Nesta semana, a Corregedoria recebeu o relatório da Comissão Processante instituída para averiguar a conduta de Felippe. O grupo concluiu que ele, no decorrer do processo, apresentou mau comportamento e ofendeu fisicamente um particular em serviço, inferindo assim no artigo 53 da Lei 10.981, de 2010 e que oficializou a Guarda Municipal em Londrina.

Belinati considerou que "tem como hábito seguir o parecer dado pela comissão que investigou o caso". A demissão deve ser publicada nos próximos dias no Jornal Oficial do Município. Procurado pela FOLHA, o advogado de Felippe, Fabrício Almeida Carraro, ressaltou que "a defesa não concorda com a decisão porque ainda não saiu o laudo que pode atestar a insanidade mental do acusado".

Conforme Carraro, a previsão é que o exame seja feito até abril de 2018. A autorização do laudo foi dada em setembro pela juíza da 6ª Vara Criminal, Zilda Romero.

Assassinatos

Ricardo Leandro Felippe foi preso no manhã de 4 de abril em Maracaí, interior do Estado de São Paulo, após uma operação conjunta entre a 10ª Subdivisão Policial de Londrina e agentes paulistas. No dia anterior, ele foi até a empresa da ex-noiva, no Parque Guanabara, zona sul, e matou a sócia, Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34.

Logo depois, Felippe roubou o carro da primeira vítima, um Ônix de cor branca, e seguiu até a casa da publicitária Rachel Espinosa, outra ex-namorada, no Jardim Leonor, região oeste. Quando chegou ao endereço, o guarda atirou em quatro pessoas. Um adolescente de 16 anos e um homem de 57, ambos filho e pai de Rachel, foram atingidos, além da mãe e o avô dela, de 80 anos.

O pai morreu após ser internado no Hospital Evangélico. Ricardo Felippe permanece preso na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina).