SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo se manifestou com rosas brancas e cruzes, em frente ao Hospital Municipal do Campo Limpo Fernando Mauro Pires da Rocha, na zona sul da cidade de São Paulo, por volta das 10h desta segunda-feira (27), para homenagear profissionais da saúde que se contaminaram ou morreram por causa da Covid-19.

Somente na capital paulista, de acordo com boletim divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (27), 713 funcionários de hospitais testaram positivo e 13 morreram em decorrência do novo coronavírus. Outros 3.016 permaneciam afastados e 2.354 foram diagnosticados com síndrome gripal.

Lourdes Estevão, secretária dos trabalhadores da saúde do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), afirmou que a manifestação foi organizada para alertar a população sobre afastamentos de profissionais da unidade do Campo Limpo.

"Estão sem trabalhar, 194 pessoas. Este número é alto e indica que os EPIs [Equipamentos de Proteção Individual], distribuídos pela Secretaria da Saúde, não contam com a proteção necessária", afirmou.

Jefferson Caproni, integrante do comitê de crise da Covid-19 do Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), afirmou que pouco mais de dez pessoas realizaram a manifestação, com o intuito de valorizar, simbolicamente, o empenho de médicos e enfermeiros durante a pandemia da Covid-19. "Optamos pela participação de poucas pessoas, para evitar aglomerações", destacou.

As rosas brancas usadas pelos manifestantes simbolizam profissionais da saúde infectados pelo novo coronavírus e as cruzes as mortes.

A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), afirmou que adquire regularmente máscaras cirúrgicas e do modelo N95, indicada para o uso em hospitais. A Secretaria municipal da Saúde disse que recebeu 300 mil unidades do insumo no início da última semana e sábado (25). E que mais 700 mil começaram a ser distribuídas às unidades de saúde nesta segunda-feira (27).

O governo municipal afirmou ter recebido doações de empresas brasileiras de protetores faciais, sem informar a quantidade. O Banco Chinês e de Xangai, ainda segundo a gestão Bruno Covas, enviou 50 mil máscaras à capital paulista, além de mil macacões de proteção.