SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As estações do metrô de São Paulo começaram a terça-feira (28) com superlotação, filas e desorganização. Os metroviários haviam planejado uma greve a partir desta terça, mas a paralisação foi suspensa.

A previsão era de que as estações abrissem às 6h. Porém, o serviço só começou, de fato, às 6h30, o que provocou acúmulo de pessoas e desrespeito ao isolamento social.

Na estação Corinthians-Itaquera (linha 3-vermelha), passageiros se aglomeram em frente ao portão de entrada para o metrô, enquanto aguardam o início do serviço.

Para evitar problemas na plataforma, funcionários do metrô estão retendo parte dos passageiros no portão e liberando a entrada somente depois do embarque anterior.

"Moro em Itaquera e trabalho na avenida Angélica [região central]. Vou esperar abrir o metrô. Não vou me arriscar no trem, porque lá é zero distanciamento", comenta a faturista Mariana Gomes da Silva, 32.

A auxiliar oftalmológica Drielly Santos, 33, também aguardou pelo início do serviço. "Achei que fosse abrir às 6h. Mas já são 6h20 e, até agora, nada", lamenta.

Ela diz apoiar as reivindicações da categoria, mas avalia que, em casos de greve, a população deveria ter outras opções para se deslocar rapidamente.

Os passageiros reclamam de falta de informações. Nos alto falantes da estação, é informado apenas que o acesso está sendo controlado, sem mencionar como está a situação em outras linhas e estações do metrô.

CPTM

Ainda na estação Corinthians-Itaquera, muitos passageiros optaram por embarcar na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que opera normalmente.

A assistente de farmácia Carolina Soares, 31, é uma das que optou por ir de trem. "Trabalho na Berrini e vou chegar atrasada", lamenta.