São Paulo - A Secretaria de Saúde de Guarulhos, na Grande SP, confirmou nesta segunda-feira (8) a morte de um homem de 69 anos por febre amarela. Com isso, chega a três o total de óbitos provocados pela doença na região metropolitana de São Paulo. O homem, que não teve o nome informado, era morador do Jardim Munhoz, em Guarulhos, mas a suspeita é que ele tenha contraído a doença durante uma visita a uma chácara que tinha em Nazaré Paulista, próximo à divisa de Mairiporã, cidade da Grande SP visitada também pelas outras vítimas.

Segundo a pasta, o homem começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 18 de dezembro e recebeu os primeiros atendimentos médicos no dia 20, no bairro do Tatuapé, na capital paulista, onde permaneceu internado. Ele ainda foi transferido para a UTI de um hospital particular, mas não resistiu. Apesar da confirmação da Prefeitura de Guarulhos, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que ainda não foi notificada sobre o terceiro óbito. Segundo a pasta, de 2017 até o momento, houve 27 casos de febre amarela silvestre (transmitida por mosquitos que vivem em matas e na beira de rios) confirmados no Estado, sendo que em 12 os pacientes morreram.

Além dos três óbitos, ao menos mais um caso da doença foi confirmado na região metropolitana. A mulher de 27 anos está em estado grave no Hospital das Clínicas, na capital paulista. No último final de semana, a secretaria do governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a ampliação da vacinação contra a doença para todo o Estado. Para que a imunização seja estendida a todo o Estado, a vacina será fracionada - no Brasil, ela é aplicada em dose única, seguindo recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde). O fracionamento permite uma oferta maior.

A estratégia será a de aplicar a dose única nas áreas de risco, e as fracionadas, que imunizam por até nove anos, nas demais regiões. "Foi decidido em reunião com o Ministério da Saúde. A partir de agora estamos treinando o pessoal e adequando a logística para vacinar o Estado todo", disse Uip. O secretário voltou a dizer que "não há motivo para pânico"."Temos a situação sob absoluto controle", afirmou.

A imunização não é indicada para gestantes, mulheres que estão amamentando crianças e nem para pacientes que fazem quimioterapia, radioterapia e tomam corticoides em doses elevadas, como os que têm lúpus, por exemplo. Desde outubro, 26 parques municipais e estaduais foram fechados nas zonas norte, sul e oeste da capital e na Grande São Paulo. Eles estão em regiões que fazem divisa com municípios onde macacos morreram da doença.