O Governo do Paraná quer dar o pontapé inicial para a desapropriação do imóvel onde será construído o Terminal Metropolitano nos próximos dias. Conforme a Coordenadora do Núcleo Regional da Casa Civil de Londrina, Sandra Moya, a estratégia que será adotada para promover o mínimo de conforto aos usuários das linhas intermunicipais será mesmo a construção de um equipamento público em frente ao Terminal Urbano, o que confirma a desistência por parte do governo estadual e da Prefeitura de Londrina de implementação de outros modais de transporte mais modernos, como um teleférico com capacidade para até dez passageiros.

Imagem ilustrativa da imagem Governo quer iniciar em breve desapropriação de área que receberá Terminal Metropolitano
| Foto: Roberto Custódio

Sandra Moya explicou à FOLHA que os estudos iniciais comprovaram a viabilidade técnica para a implementação de um teleférico que conectaria a Rodoviária de Londrina ao Calçadão em menos de cinco minutos. Entretanto, estudos sobre a viabilidade econômica deste modelo apontaram que a ideia dependeria de uma mudança ainda mais “radical” na estrutura do transporte público de Londrina, a transferência do Terminal Urbano para a Rodoviária. Desta forma, o município concentraria o embarque e o desembarque dos passageiros que utilizam os quatro serviços - transporte rodoviário intermunicipal, interestadual, metropolitano e coletivo – no mesmo local.

“Se o Terminal Urbano também não for transferido para a Rodoviária de Londrina, essa ideia não se prospera. Não tem como colocarmos essa estrutura em prática. Então retomamos essa ideia inicial, de construir o Terminal Metropolitano em frente ao Terminal Urbano”, confirmou a coordenadora durante entrega de duas quadras do projeto Meu Campinho em Rolândia, nesta semana.

A área escolhida para a construção do terminal fica na esquina da avenida Arcebispo Dom Geraldo Fernandes (Leste-Oeste) com a rua Bahia. Avaliada em R$ 17 milhões, a área abriga um antigo barracão do IBC (Instituto Brasileiro do Café) que está completamente abandonado.

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“É uma grande necessidade já de anos dos passageiros que ficam ali ao longo da avenida Leste-Oeste abrigados naqueles pontos sem segurança. Ali, não temos banheiros, não tem acessibilidade, e o governador Ratinho Junior quer realmente um projeto para fazer a diferença naquela região e atender os passageiros que vêm acessar ao município de Londrina”, avaliou.

Embora esteja ganhando corpo e represente um alento aos usuários do transporte, a reformulação do serviço ainda possui mais perguntas do que respostas.

Uma destas dúvidas é se os usuários do transporte poderão contar, também, com a integração tarifária. Por enquanto, uma possível solução já apontada é a construção uma passarela sobre a Avenida Leste-Oeste e cujo projeto arquitetônico ficaria sob responsabilidade do município. Entretanto, pouco se sabe sobre o que implicará no bolso dos usuários.

Para elaborar um instrumento com as diretrizes voltadas aos desenvolvimento territorial estratégico da região metropolitana de Londrina, o governo do Paraná contratrou a elaboração de um PDUl (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de Londrina). A vencedora foi a curitibana URBTEC, também responsável pela elaboração do estudo para Maringá.

Após duas etapas vencidas, o plano encontra-se na fase de diagnóstico, diretrizes e propostas para os setores prioritários, e alguns prefeitos da região já foram apresentados aos resultados preliminares.

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