O Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência causada pela estiagem em Alvorada do Sul (Região Metropolitana de Londrina), o que permitirá ao município solicitar recursos do governo federal para desenvolver um programa de renegociação de dívidas destinado aos agricultores prejudicados pela seca, entre outras finalidades.

Por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (6), 25 municípios das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul do País tiveram homologados os seus decretos municipais de calamidade pública, publicados em decorrência de prejuízos causados por fenômenos naturais. Alvorada do Sul foi o único município paranaense beneficiado nessa portaria.

"Alvorada do Sul foi devido ao cultivo de milho safrinha, que é a principal atividade de inverno e foi fortemente atingida. O objetivo inicial era ajudar os agricultores em virtude de financiamentos e contratos. O pessoal já foi prejudicado na safra de verão e estava trazendo um prejuízo da safra passada. Acabou sobrecarregando com a safra de milho”, lamentou o extensionista do IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Reinaldo Neris dos Santos.

Imagem ilustrativa da imagem Governo federal reconhece situação de emergência hídrica em Alvorada do Sul
| Foto: Gustavo Carneiro-19/08/21

À FOLHA, o técnico avaliou que o prejuízo à produção do milho safrinha em decorrência da estiagem foi de 70% no município. Entretanto, não parou por ai. “Esse dano foi agravado depois devido à geada. Quando veio a geada já tínhamos dado entrada (no pedido), mas, considerando a estiagem e a geada, foi em torno de 90% da produção perdida”, explicou.

O prefeito de Alvorada do Sul, Marcos Pinduca (PSD), destaca que o reconhecimento federal foi alcançado graças ao empenho, também, da Defesa Civil e das secretarias de Agricultura, Ação Social e Administração e Finanças. Ele garantiu que será possível acessar recursos para o custeio de cestas básica para os trabalhadores que ficaram sem trabalho, caixa d'água para os ribeirinhos e moradores de assentamentos, "tendo em vista que houve até algumas minas que vieram a secar", além do aluguel de caminhões pipa e a compra de óleo diesel. "Uma série de benefícios que não queríamos estar pedindo, mas será necessário”, avaliou.

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