Governo anuncia verba para Santa Casa de Londrina e Cismepar

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, assinou na manhã desta sexta-feira (18) dois convênios de melhorias no atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) de Londrina e da macrorregião, somando R$ 27.503.841,43. O convênio com a Santa Casa de Londrina prevê verba de R$ 3.211.995,43. Parte dos recursos será investida em adequações às novas normas de prevenção de incêndio do Corpo de Bombeiros em uma área de 7.614,53 m² da parte mais antiga do hospital. A verba também será suficiente para reforma de modernização de todo o Pronto-Socorro e de duas unidades de internação, oferecendo melhores condições de atendimento e bem-estar aos pacientes e toda equipe profissional. As reformas desses setores somam outros 2.102,48 m² de área física.

“Esses recursos vão ajudar a modernizar o pronto-socorro daqui da Santa Casa. A última grande obra aqui no pronto-socorro foi em 2002, faz 20 anos. Além do pronto-socorro, tem duas alas de internação que serão revistas com 50 leitos e, ao mesmo tempo, será feita a adequação às normas vigentes de prevenção contra incêndios por orientação do corpo de bombeiros. É uma grande obra. Nós temos aqui uma torre erguida com 200 leitos, que deve entrar em operação em um ano e meio, mas temos que adequar todo o hospital antigo para essa nova fase. O governador Ratinho Junior orientou que nós fizéssemos um esforço aqui de investimento para ajudar no que for possível”, destacou o secretário.

Beto Preto ressaltou que o objetivo do investimento é principalmente melhorar o atendimento dos pacientes, principalmente os usuários do SUS. “Essa pandemia está passando e demonstra a importância de ter serviços de saúde equilibrados à disposição, caso contrário nosso caos seria muito maior. O Paraná deu demonstração de maturidade nessa pandemia. Mesmo assim perdemos muitas vidas. Então os investimentos em saúde têm que continuar e essa parceria com os hospitais filantrópicos é importantíssima”, destacou. Em seu discurso, reforçou que irá tentar viabilizar um convênio para a aquisição de um tomógrafo para o Hospital Infantil até março.

MODERNIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

O neurocirurgião Fahd Haddad, superintendente da Iscal (Irmandade Santa Casa de Londrina), ressaltou que esses recursos "representam muito para a Santa Casa". “É um recurso que vai servir para gente modernizar as instalações, acomodações de enfermaria dos pacientes, vai nos ajudar a reformar o pronto-socorro e áreas de apoio e principalmente adequar a estrutura antiga da Santa Casa, que tem já 78 anos, para as normas atuais do corpo de bombeiros para a prevenção de incêndio, visto que essas normas são cada vez mais novas e as exigências são maiores e exigem muito recurso. Praticamente metade desse recurso vai para essa área de prevenção de incêndio. É hidrante, sistema de detecção de incêndio, sensor de fumaça… Tudo para dar segurança no caso de um princípio de incêndio. Na parte das enfermarias haverá adequação às novas normas da vigilância sanitária, como trocar piso, reforma da parte elétrica, modernização da parte hidráulica, alargar as portas etc. E no pronto-socorro, nós estamos reformulando o layout dele. Vamos criar áreas de apoio para a endoscopia, para a hemodiálise, e para dar retaguarda a esse atendimento."

A promessa do governo do Estado é que os recursos já estejam disponíveis na semana que vem. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, ressaltou que a Santa Casa de Londrina tem se consolidado cada vez mais como um hospital de grande porte e de referência, atendendo casos de alta complexidade de pacientes de mais de 100 municípios da região com toda a sua estrutura do complexo, que também engloba o Hospital Infantil e o Mater Dei. “É um recurso muito bem-vindo. Ele entra na finalização do novo prédio, que com certeza auxiliará a resolver um problema histórico no SUS, que é o déficit de leitos. A expectativa é de que, com a inauguração do novo prédio, esse atendimento a pacientes do SUS possa ser ampliado em aproximadamente de 80 a 100 leitos, dentro de uma retribuição que nós já estamos conversando com a Santa Casa de Londrina.”

O prefeito Marcelo Belinati afirmou que os "recursos liberados pelo governo do Estado vão mudar para melhor a vida de milhares e milhares de cidadãos e cidadãs londrinenses. Vão dar condições de trabalho adequadas para essa equipe maravilhosa e abençoada da Santa Casa, pela saúde de Londrina. Eu quero deixar a minha palavra de gratidão à Secretária de Saúde. Parabéns por todo o trabalho”, destacou.

CISMEPAR

O prefeito de Alvorada do Sul e presidente do Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema), Marcos Antonio Voltarelli, o Pinduca, disse que o repasse deve beneficiar um total de quase 1 milhão de pessoas, que vivem na área de abrangência do consórcio. “As pessoas não sabem as dificuldades de chegar à assinatura de um convênio de R$ 24 milhões, que vem potencializar o atendimento de nossa população”, apontou.

A diretora de planejamento do Cismepar, Silvia Karla Azevedo Vieira Andrade, destacou que o convênio prevê R$ 24.291.846,00 ao longo de quatro anos para adesão do Consórcio ao Programa QualiCIS, visando melhorias no atendimento aos usuários SUS dos municípios da região. “Nós estamos assinando um novo convênio de apoio do governo do estado do Paraná ao Cismepar, beneficiando 21 municípios e isso representa uma ampliação do número de atendimentos da ordem de 150 mil atendimentos a serem realizados a mais daquilo que é realizado na atenção especializada pelo Cismepar já no ano de 2022. São R$ 530 mil todos os meses. Hoje temos cerca de 830 mil atendimentos. Esse recurso é exclusivo para custeio de serviços de saúde, para pagamento de honorários médicos, contratação de equipes interdisciplinares e recai diretamente no atendimento”, destacou.

“O convênio com o Cismepar dobra os valores de investimentos do Paraná. Eram R$ 240 mil e agora serão R$ 530 mil por mês. O QualiCIS, que é o novo programa de qualificação dos consórcios e representa alguns procedimentos a mais, demonstra que o consórcio está bem preparado e é importante que esteja dentro desta estratégia”, apontou. “Quem mais se beneficia do Cismepar é o município de pequeno porte, que não tem estrutura sozinho para fazer a alta complexidade, de gestação de alto risco, por exemplo. Tudo isso tem que ser pensado na economia de escala.”

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