Rio- Uma tentativa de golpe bancário pela internet conhecida como ''Cavalo de Tróia'' está preocupando grandes bancos, que investem US$ 1 bilhão por ano na segurança física de suas agências, e seus correntistas. Com o objetivo de resgatar senhas e movimentar contas ilegalmente, um programa espião, conhecido como ''spyware'', é instalado no computador das pessoas e pode ser ativado quando alguma transação é realizada eletronicamente. Esse dispositivo é difundido por meio de mensagens eletrônicas não solicitadas (conhecidas como ''spams''), que contêm arquivos anexados.
''Fiquei assustado. Depois de 1.050 acessos em cinco anos, essa foi a primeira vez que tive problemas'', conta o fotógrafo André Luiz Mello, que conheceu o ''Cavalo de Tróia'' na segunda-feira passada.
Correntista do Bradesco, Mello conta que no meio de uma operação uma caixa de mensagem muito parecida com a do banco, mas com erros grosseiros de português, pediu todas as senhas de acesso. Mello estranhou e não digitou seus códigos. Entrou em contato com o departamento de suporte da instituição, que lhe recomendou o cancelamento do cartão de crédito e solicitação de outro, além de dar todas as recomendações necessárias.
De acordo com a resposta enviada pela equipe técnica do Bradesco ao fotógrafo, o ''Cavalo de Tróia'' também tem afetado as páginas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Os melhores modos de evitar fraudes eletrônicas são: nunca abrir um arquivo anexado desconhecido, descartar qualquer mensagem com procedência duvidosa, manter o antivÍrus atualizado e instalar um programa pessoal que bloqueia acessos não autorizados (''firewall'').