São Paulo - Em entrevista exclusiva ao programa de variedades ''Today'', da rede de TV norte-americana NBC, David Goldman, pai do menino Sean, disse que o garoto ainda não o chamou de pai. O programa foi exibido ontem. ''Eu disse que ele poderia me chamar de pai, mas ele não me disse nada. Eu o chamo de filho'', disse.
A emissora não revela onde foi feita a entrevista, mas se especula que os dois passaram o Natal em Orlando, na Flórida, e só embarquem nesta semana para a casa dos Goldman em Tinton Falls, no Estado de Nova Jersey. A NBC fretou o avião que levou o menino do Brasil para a Flórida.
Pai e filho se reencontraram na véspera do Natal, depois de cinco anos de batalha judicial pela custódia. ''Parece um milagre, mas é real porque ele está aqui e eu posso abraçá-lo. Eu o amo'', disse Goldman. Ele também afirmou que o tempo que passou separado de seu filho é como ''uma grande cicatriz, mas, agora que estamos juntos, vamos curá-la''.
Segundo ele, Sean não foi forçado a se mudar para os EUA, apesar da passagem da custódia da avó materna brasileira para o pai tenha sido decidida pelo Supremo Tribunal Federal, na semana passada. ''Sean nunca disse: ''eu não quero ir com você.''
Nascido nos Estados Unidos, Sean veio ao Brasil em 2004 com a mãe, Bruna. Goldman tentava levar o filho de volta com base na Convenção de Haia sobre sequestro internacional de crianças. Com a morte da mãe, em 2008, a batalha judicial passou a ser travada entre o americano e o padrasto, João Paulo Lins e Silva.