A nova sede da GM (Guarda Municipal), localizada na rua Tietê, na zona central de Londrina, foi entregue pela Prefeitura na tarde desta sexta-feira (27), ainda sem prazo para uma mudança integral da corporação. O imóvel foi adquirido após aprovação de uma lei na Câmara Municipal em julho deste ano.

Com isso, foram permutados dois terrenos do município, na Fazenda Palhano, por um imóvel com mais de três mil metros quadrados de área construída e outros dois espaços menores, com 468 metros quadrados cada. As áreas do município foram avaliadas em R$ 13,2 milhões, enquanto os imóveis particulares têm o valor de R$ 14,3 milhões. A diferença de pouco mais de R$ 1 milhão ficou a cargo da Prefeitura.

O secretário municipal de Defesa Social, coronel Pedro Ramos, ressaltou que a unificação da GM “facilita a vida” dos agentes e da população. A Guarda tinha sua estrutura dividida em várias sedes, algumas com problemas estruturais graves.

“Você tem o controle do efetivo, da tropa, a questão disciplinar, porque fica mais próximo. Podemos acompanhar o serviço administrativo. Ter uma edificação não é só o prédio, existe um conjunto de coisas que acontecem e que o fato de ter uma sede digna permite e melhora a qualidade do serviço, que é o que interessa”, disse em entrevista coletiva.

O prédio já está caracterizado, mas ainda não teve o mobiliário instalado. Essa preparação final e a mudança integral da GM para o imóvel ficarão para a gestão Tiago Amaral (PSD).

“Nós fomos atrás e entregamos minimamente com toda a infraestrutura, existe um projeto pronto para receber aqui o nosso Centro Integrado de Comando e Controle, que vai envolver a CMTU, a PM, a PF e a PRF, e o prédio está em condições de receber”, acrescentou.

Ramos também garantiu que havia previsão orçamentária para esses últimos detalhes, mas a demora no processo acabou impossibilitando a aplicação neste momento. “Está pronto o projeto e certamente a próxima administração vai avaliar o que foi feito e, se não tiver nenhuma correção, vai começar a implantar o que for importante aqui”, pontuou, sem estabelecer um prazo para a mudança total.

O serviço operacional já está sendo transferido e tem condições de funcionar na rua Tietê. Estão sendo resolvidas questões técnicas como a instalação de internet e o restabelecimento do fornecimento de água e energia.

“Na medida que o tempo for passando e as instalações forem recebendo as adequações, deve vir a Defesa Civil, a sede administrativa e os equipamentos de trânsito”, ressaltou.

O prefeito Marcelo Belinati (PP) destacou a reestruturação da GM ao longo dos últimos anos, o que inclui a aquisição de veículos, equipamentos, uniformes e armamentos. A administração também conseguiu aprovar na Câmara um projeto de lei para reajustar o salário dos agentes.

“Eu sou grande fã da Guarda Municipal. Fizemos o que era possível fazer [na recomposição salarial]. É um trabalho que se conclui e precisa permanentemente manter. Londrina não vive sem a GM”, afirmou, destacando que a nova sede é adequada para receber a pasta de Defesa Social.

Ramos disse que a sede da rua Joaquim de Matos Barreto, no Lago Igapó 2, terá uma parte cedida para um órgão da Marinha e a outra abrigará a Junta do Serviço Militar, com coordenação da GM. Hoje, Londrina tem pouco mais de 350 guardas municipais em atuação, com 60 já aprovados em concurso público e outras 158 vagas reservadas, com candidatos aptos a serem convocados para o curso de formação.