Brasília - Depois de permanecer dez dias em prisão domiciliar em um convento de freiras de Brasília, a cantora mexicana Gloria Trevi regressou ontem a uma cela da delegacia de polícia para esperar uma solução ao processo de extradição ao México, onde é acusada de corrupção, rapto e violação de menores.
Esse novo traslado obedece à decisão do juiz Carlos Velloso, instrutor de seu caso no Supremo Tribunal Federal (STF), segunda-feira à noite, de cancelar a prisão domiciliar concedida pelo presidente do tribunal, Marco Aurelio de Mello, a 25 de julho passado, a Gloria e sua dançarina María Raquenel Portillo. Esta, por sua vez, regressou à prisão de Papuda, onde também se acha detido o empresário Sergio Andrade.
Velloso revogou a decisão de Mello por entender que a prisão domiciliar vai contra a sentença do plenário do STF, que em dezembro de 2000 votou a favor da extradição dos três mexicanos, de que a prisão preventiva com fins de extradição é legítima, segundo a Constituição do Brasil.