Funcionários da Sabesp se reúnem para definir rumos da greve
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terça-feira, 11 de janeiro de 2000
por Mariana Martinez
São Paulo, 11 (AE) - Os funcionários da Sabesp, em greve desde a zero hora de hoje, discutirão agora a tarde, em reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores em água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema), qual estratégia será adotada nos próximos dias. A categoria decidiu, em assembléia realizada hoje na Praça da República, não suspender a greve pelo menos até amanhã.
Segundo a assessoria do sindicato, a direção da empresa não cumpriu o que foi determinado nas últimas negociações, realizadas em dezembro, quando a companhia se comprometeu a não recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para julgar a abusividade da primeira paralisação, no último dia 21. A Sabesp também teria garantido que não cortaria os benefícios da categoria, suspensos pelo TST no ano passado.
O sindicato afirma que a empresa já havia recorrido ao TST pedindo a abusividade da greve quando negociou com os funcionários e também manteve a redução dos benefícios imposta pelo tribunal, provocando um impacto negativo de até 40% nos salários dos trabalhadores.
Em dezembro, o sindicato decidiu suspender a greve temporariamente até janeiro deste ano, quando seriam retomadas as negociações com a direção da Sabesp. No entanto, a categoria não aceitou a proposta feita pela empresa na tarde de ontem, segundo a qual os funcionários terão reajuste zero e o fim dos benefícios estabelecidos no acordo coletivo. Por esse motivo, a paralisação foi retomada hoje.
A assessoria de imprensa da Sabesp afirmou que recorrerá ao TST para pedir a abusividade do movimento, mas garantiu que isso ainda não havia sido feito, como afirma o sindicato. O Sintaema estima em 90% a adesão a greve em todo o Estado.
