São Paulo, 12 (AE) - Os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) naa capital e interior decidiram, em assembléia realizada hoje, continuar a paralisação iniciada ontem (11). Os 18,3 mil trabalhadores, com data-base em maio, reivindicam reajuste salarial de cerca de 4% e a manutenção de benefícios como cesta básica, cheque-farmácia e adicionais. A Sabesp encaminhou ontem recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), solicitando que a greve seja declarada abusiva.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento Básico e Meio Ambiente (Sintaema), 95% dos funcionários aderiram à paralisação. Cerca de mil funcionários estão trabalhando em regime de plantão nos serviços essenciais de tratamento e distribuição de água e coleta de esgoto. O Sintaema alega que a direção da empresa não cumpriu o que foi determinado nas últimas negociações, em dezembro, quando a Sabesp teria garantido que não cortaria os benefícios da categoria, obtidos em decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e, em seguida, suspensos pelo TST, em recurso impetrado pela empresa.
De acordo com o sindicato, entretanto, os benefícios foram cortados em dezembro, o que teria provocado um impacto negativo de até 40% nos salários. Por esse motivo, a paralisação foi retomada ontem. Uma nova assembléia foi marcada para amanhã (13), às 16 horas, na Praça Ramos de Azevedo, centro da cidade. Nota - A Sabesp divulgou nota ontem na qual manifesta preocupação com prejuízos aos serviços essenciais de abastecimento, decorrentes da greve. "A empresa solicita aos empregados a sensibilidade necessária para evitar reais prejuízos à população", afirma o comunicado.