Campinas, SP, 4 (AE) - A situação mais grave é em Mogi-Guaçu, na região de Campinas. O funcionário público Edson Cândido de Almeida, de 37 anos, morreu afogado ontem à noite, ao ajudar os desabrigados da Vila Maria, que tiveram suas casas atingidas pelo Rio Mogi-Guaçu, que transbordou.
A Vila Bertioga, além de parte do centro da cidade, também ficou inundada. Muitas lojas foram invadidas pelas águas. Cerca de 20 famílias estão desabrigadas no município. A maioria preferiu ir para casas de parentes. Quase não choveu ontem em Mogi-Guaçu. O nível do rio começou a baixar e os moradores começaram a retornar para suas casas.
A elevação do nível do Rio Mogi-Guaçu, por causa do lago de uma hidrelétrica, causou transtorno no município de Itapira. Várias casas, na zona rural, foram invadidas, mas não há registro de desabrigados. Em Campinas, parte do setor de Pediatria do Hospital Mário Gatti, no último andar, foi interditada por causa da água acumulada no teto, que escorreu e atingiu os leitos. A diretoria do hospital interditou o local para limpeza. Apenas 16 dos 36 leitos estão funcionando normalmente.
Os desabrigados do Jardim São Domingos, em Sumaré, voltaram para casa ontem. A preocupação, agora, da Vigilância Sanitária, é com relação a possíveis doenças, como a leptospirose, que é transmitida pelo rato.Agentes começaram a distribuir água sanitária para desinfetar as casas.