Londres, 03 (AE-DOW JONES) - A norte-americana Ford Motor, segunda maior fabricante de automóveis do mundo, prepara-se para lançar um plano radical de corte de gastos na Europa que inclui o fechamento de fábricas na região. A decisão deve-se a uma forte queda nos lucros da companhia na Europa, que passou de US$ 193 milhões em 1998 para US$ 28 milhões no ano passado. O presidente da Ford Europa, Nick Scheele, alertou que o Reino Unido é o principal alvo da medida, principalmente por causa da alta da libra em relação ao euro. Os problemas da Ford na Europa não estão limitados a um fraco desempenho financeiro. Na quarta-feira, 63% dos 3 mil funcionários da empresa na Inglaterra votaram a favor de uma greve por aumento de salários. O sindicato Manufacturing Science and Finance (MSF) disse que uma greve poderia significar a parada total da produção da empresa.
Na Alemanha, entre 15 mil e 20 mil trabalhadores paralisaram suas atividades na planta da Volkswagen em Wolfsfurgo para exigir a contratação de 1.800 trabalhadores com contrato temporário. Segundo o sindicato organizador do protesto, o IG Metal, a empresa não renovará estes contratos quando expirarem em 30 de junho. A diretoria da empresa automotora alemã havia anunciado anteriormente que só contrataria definitivamente uma mínima parte desses trabalhadores. Hoje, no entanto, fontes da empresa asseguraram que todos os trabalhadores afetados receberiam uma oferta de trabalho com um contrato indefinido "sujeito às condições do mercado". A Volkswagen anunciou que a parada produziu uma queda na produção de 900 veículos.