Desde o último sábado (19), a Polícia Militar e a Polícia Civil de Londrina vêm contando com agentes de fora do município tanto para o reforço na ronda ostensiva, quanto nas diligências em operações de combate ao crime organizado.

Imagem ilustrativa da imagem Forças de segurança de Londrina recebem reforços
| Foto: Roberto Custódio

De acordo com o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, major Nelson Villa, a transferência de agentes de grupos especiais da PM do estado foi uma medida que partiu da Sesp (Secretaria de Segurança Pública). “Trata-se de uma nítida preocupação e sensibilidade do alto comando das forças de segurança do estado com a população londrinense e toda aglutinação de esforços sempre será bem-vinda, até porque a Polícia Militar é uma só, então estamos trabalhando com nossos próprios recursos”, avaliou.

Já o delegado-chefe da 10ª SDP (Subdivisão Policial), Osmir Ferreira Neves, explicou que duas equipes do COP (Comando de Operações Policiais) de Curitiba estão na cidade para prestar apoio em operações de combate ao crime organizado. “Realizaram algumas diligências em alguns bairros com maiores índices de criminalidade e ainda estão dando apoio em algumas investigações, por exemplo, hoje (segunda-feira), à Delegacia da Mulher”, concluiu.

O reforço no efetivo ocorre logo após o assassinato do soldado da PM, Bruno Felipe Monteiro do Prado, 32, alvejado enquanto estava de folga, na avenida Curitiba, zona norte de Londrina, há uma semana. Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, foram efetuados pelo menos dez disparos, que também vitimaram um jovem e deixaram mais uma pessoa ferida. Desde então, seis mortes em confrontos policiais foram registradas na cidade.

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Para o delegado João Batista dos Reis, da Delegacia de Homicídios de Londrina, o inquérito para apurar o assassinato do PM ainda está em sua fase inicial, sendo impossível divulgar detalhes dos depoimentos até o momento. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas e informações preliminares dão conta de que um veículo prata foi utilizado na emboscada. “Sabemos que foram usadas armas calibre .40 e 9mm. O carro utilizado no crime foi um veículo Santa Fe, furtado na cidade de Cornélio Procópio, depois acabou sendo abandonado incendiado no Jardim Flores do Campo. Isso temos de concreto", ressaltou o delegado.

Sobre as seis mortes em confronto com a polícia, Reis confirmou que cinco inquéritos policiais foram instaurados. "Porque as mortes no Parque Ouro Branco foram duas, então são em um único. Independentemente do tipo de inquérito, no caso destas mortes em confrontos, serão ouvidas testemunhas, estão sendo analisadas câmeras de segurança, os policiais estão em campo”, afirmou.