Uma força-tarefa coordenada por auditores fiscais do trabalho encontrou seis trabalhadores mantidos em condições análogas à escravidão na zona rural de Coronel Domingos Soares (Sudoeste). Os trabalhadores, que trabalhavam na extração de madeira para fabricação de compensados, foram retirados resgatados nesta quarta-feira (20).

Alojamentos improvisados não tinham água potável, banheiros, chuveiros ou condições mínimas de higiene
Alojamentos improvisados não tinham água potável, banheiros, chuveiros ou condições mínimas de higiene | Foto: MPT-PR/Divulgação

No mesmo dia, o empregador efetuou o pagamento das rescisões dos contratos e assinou as carteiras de trabalho dos empregados libertados, que, assim, poderão receber três parcelas do seguro desemprego. De acordo com o MPT (Ministério Público Trabalho), os trabalhadores encontravam-se em condições de trabalho degradante, dormindo em alojamentos improvisados, sem água potável, banheiros, chuveiros ou condições mínimas de higiene.

Além da falta da assinatura das carteiras de trabalho, os empregados não receberam qualquer tipo de treinamento nem os equipamentos de proteção individual adequados. Alguns dos trabalhadores estavam desde abril de 2019 na propriedade rural, que está localizada a aproximadamente 35 km do centro de Coronel Domingos Soares.

Durante a operação, também foram identificadas outras duas frentes de trabalho relativas à extração de madeira e de erva mate, nas quais foram encontrados outros trabalhadores sem registro em carteira e em alojamento sem determinados requisitos previstos nas normas técnicas pertinentes. Assim, o resultado da ação foi a inspeção de três frentes de extração de madeira e erva mate, com um total de dezoito trabalhadores alcançados, dos quais dezesseis sem a carteira de trabalho assinada e seis trabalhadores resgatados.