Washington, 16 (AE) - O Comitê Financeiro e Monetário Internacional (CFMI) aplaudiu hoje a eleição do alemão Horst Koehler para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (ele toma posse em maio), mas adotou um novo método para a seleção dos futuros ocupantes do posto, tradicionalmente reservado para um europeu. A medida foi tomada em reação ao desastre político para o Fundo que foi o processo que resultou na eleição de Koehler.
O CFMI recomendou que o próximo diretor-gerente seja escolhido por uma comissão independente que considerará vários candidatos, de acordo com critérios de capacidade de liderança e experiência que serão divulgados publicamente. Respondendo a uma reivindicação das nações mais pobres, que, até hoje, não tiveram participação efetiva voz na decisão, "deverá levar em conta os pontos de vista e interesses de todos os países, inclusive das economias emergentes e dos países em desenvolvimento", afirmaram os 24 ministros dos CFMI no comunicado final da reunião. O novo método deve "contribuir para a credibilidade e a eficácia da instituição", acrescentaram eles.
O vice-ministro das Finanças da Alemanha Caio Koch-Weser
que foi primeiro candidato europeu à sucessão do francês Michel Camdessus, teve o nome publicamente vetado pelo governo dos Estados Unidos, num episódio humilhante para o alto funcionário alemão e o governo, que provocou uma crise diplomática e deixou um forte ressentimento.