PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Os paulistanos que decidiram ir a Florianópolis aproveitar o megaferiado vão se deparar com uma série de restrições adotadas pela capital catarinense para evitar a proliferação do novo coronavírus, entre os dias 20 e 25 de maio.

Enquanto Florianópolis tem 603 casos confirmados da doença e sete mortes, São Paulo tem 42.417 casos e 3.087 mortes, segundo as respectivas prefeituras.

O principal impacto aos paulistanos é a restrição domiciliar por sete dias. A prefeitura determina que a circulação na rua deve ocorrer apenas para atividades essenciais mesmo para pessoas sem Covid-19.

Aqueles com testes positivos ou com sintomas da doença devem ficar isolados por 14 dias. Diferentemente da restrição, o isolamento prevê ausência de contato até mesmo com os familiares de uma mesma casa, explica a diretora em Vigilância em Saúde, Priscila Valler.

"Não é o momento de fazer turismo. A gente não gostaria de estimular o turismo neste momento. Estamos no meio de uma pandemia e algumas cidades estão em situação bastante crítica, com alta transmissão e letalidade", diz Valler.

Os carros com as placas de São Paulo estão sendo parados em uma barreira onde a temperatura dos passageiros é medida. Mesmo sem febre, os paulistanos precisam se identificar e assinar uma declaração de que se comprometem com a restrição domiciliar por sete dias.

Além de barreiras em rodovias, como a vista na Beira-Mar Norte na tarde desta quarta-feira (20), o procedimento ocorre também no aeroporto Hercílio Luz. No aeroporto, porém, pessoas com febre acima de 37,8ºC são testadas, conforme o decreto.

A restrição domiciliar por sete dias para pessoas sem a doença e o isolamento por 14 dias para os casos positivos ou com sintomas já era o protocolo adotado para a chegada de visitantes no aeroporto. Afora, o procedimento é adotado também nas barreiras em rodovias.

"Sabemos que Florianópolis é um dos destinos preferidos dos paulistas e isso nos deixa felizes. Mas, neste momento de pandemia, não é hora de deslocamentos ou turismo", disse o prefeito Gean Loureiro (DEM), em nota.

A prefeitura também fiscalizará denúncias de festas particulares e aglomerações.