São Paulo - A rebelião na Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem) do Tatuapé (zona leste de São Paulo), iniciada na noite de domingo, foi encerrada por volta das 2h da manhã de ontem. De acordo com o vice-secretário do sindicato dos funcionários da Febem, Antonio de Souza Neves, os próprios internos decidiram acabar com o motim, após uma breve negociação.
Durante a rebelião, um dos diretores do complexo foi feito refém. Os menores acabaram ateando fogo nos colchões e subiram no telhado. Essa foi a quarta rebelião registrada no complexo do Tatuapé desde a última quinta-feira, quando 1.751 funcionários da fundação foram demitidos, e a oitava do ano.
Segundo Neves, a Febem do Tatuapé tem atualmente cerca de 1.800 internos. A tropa de choque da Polícia Militar foi deslocada para o local, mas não precisou intervir no caso.
Um adolescente de 15 anos que havia sido agredido em uma unidade da Febem no último dia 17 morreu na madrugada de ontem no hospital do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da fundação, o garoto foi agredido por colegas. A chave do quarto da vítima teria sido entregue aos agressores por um ex-funcionário.
A Febem diz que, em razão de desentendimentos, o jovem vinha sendo mantido afastado dos outros internos por razões de segurança. Uma sindicância interna e um inquérito policial apuram as responsabilidades no caso.