Explosão de suposta bomba caseira fere três estudantes no DF
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quinta-feira, 30 de março de 2000
Por Valéria Rossi e Carolina Brígido
Brasília, 31 (AE) - A explosão de uma suposta bomba caseira feriu três estudantes e destruiu parte do banheiro da escola Centro Educacional Setor Leste, no Distrito Federal. A explosão aconteceu por volta das 16h40 de hoje, quando havia 650 alunos na área.
O estudante R.R.G., de 16 anos, foi o mais atingido. Ele estava lavando as mãos na pia, quando houve a explosão e vários estilhaços foram lançados contra ele. R.R.G. teve queimaduras de primeiro e segundo graus na coxa e na perna, além de vários cortes na cabeça e na mão esquerda. De acordo com o pai da vítima, Jairo Clécio Gomes, o estudante foi submetido a raio-x do crânio e da mão atingida.
Os outros estudantes M.H.M. e M.V.P., os dois de 16 anos, também foram atingidos pelos estilhaço e tiveram ferimentos leves, além de fortes dores no ouvido por causa do estrondo. Os três foram atendidos no Hospital Regional da Asa Norte e já foram liberados.
Segundo o comandante do esquadrão antibomba da Polícia Militar
Carlos Mello, ainda é cedo para identificar o tipo de material usado no explosivo. A Polícia Federal esteve fazendo a perícia no local e deve divulgar o laudo dentro de dez dias.
Assustado, o diretor do colégio, Henrique Barros, disse que ainda não tem suspeita de quem poderia ser o autor da infração. "Vamos investigar para saber se tem envolvimento de aluno." O diretor disse que essa foi a primeira vez que explode uma bomba com essa intensidade na escola. "Eles jogavam bombinhas de festa junina", alegou.
Depois da explosão, o diretor foi obrigado a dispensar todos os alunos. Mas, durante à noite, as aulas foram restabelecidas. Segundo o diretor, a polícia vistoriou toda a área e não havia risco.
Para os alunos o maior problema é a falta de segurança dentro da escola. Os estudantes Rosa Maria da Silva, de 32 anos, e Marcelo Thiago dos Santos, de 19 anos, consideraram a ocorrência um ato de vandalismo. "Temos um segurança na guarita, mas ele teria que circular pela escola", reclama Rosa.
