O Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, na rua Jacarezinho, Parque das Indústrias Leves, zona sul de Londrina, foi ocupado durante a manhã desta sexta-feira (7) por vários estudantes. O número não foi informado pela direção da mobilização. O ato é um desdobramento da insatisfação demonstrada pela classe estudantil contra a reforma do ensino médio e a PEC 241, projetos elaborados pelo governo federal. O mesmo grupo deliberou pelo início da greve da classe estudantil em Londrina e região.

Segundo o presidente da Associação dos Estudantes do Norte do Paraná (AENP), Thiago Martinez, alimentos estão sendo arrecadados para ajudar na mobilização. Os alunos estão se revezando, mas permanecem no pátio da instituição. "Durante a assembleia que culminou na paralisação geral, não foi cogitada a possibilidade de ocupar mais escolas da cidade", pontuou. O representante afirmou ainda que o "Albino Feijó foi escolhido de forma aleatória, sem um motivo específico".

A chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina, Lúcia Cortez, afirmou que a direção da escola procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência. "É uma forma de oficializar a ocupação, resguardando a comunicação para pais e responsáveis", disse. Ela negou qualquer tipo de confusão entre os estudantes e funcionários do Albino Feijó. "Vamos estabelecer um diálogo e tentar solucionar o problema da melhor forma possível", avaliou.

Paraná

Desde a noite de quinta-feira (6), alunos ocupam a maior escola pública do estado, o Colégio Estadual do Paraná - a invasão é um protesto contra a medida provisória sobre a reforma do ensino médio, que foi apresentada no dia 22 de setembro pelo governo federal.

As aulas desta sexta pela manhã estão suspensas e até o momento 30 escolas estão ocupadas no Paraná, sendo que o primeiro colégio a ser invadido foi o Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba - veja a lista completa mais abaixo.

Questionado sobre o assunto, o governador Beto Richa (PSDB) garantiu que não mudará nada que possa prejudicar os alunos que moram no estado e deixou claro que toda a comunidade escolar será ouvida.

As escolas devem apresentar um calendário com a reposição das aulas perdidas, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), que diz estar acompanhando as manifestações em todo o estado.


A lista dos colégios ocupados:

Curitiba

Colégio Estadual do Paraná
São José dos Pinhais
Colégio Estadual Elza Scherner Moro
Colégio Estadual Afonso Pena
Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen
Colégio Estadual Costa Viana
Colégio Estadual Silveira da Motta
Colégio Estadual Hebert de Souza
Colégio Estadual Chico Mendes
Colégio Estadual Juscelino K. de Oliveira
Colégio Estadual Pe. Antônio Vieira
Colégio Estadual São Cristóvão
Colégio Estadual Angelina Prado
Colégio Estadual Shirley
Colégio Estadual Guatupê
Colégio Estadual Lindaura Ribeiro
Colégio Estadual Estadual Ipê
Colégio Estadual Unidade Polo
Colégio Estadual Barro Preto
Colégio Estadual Zilda Arns

Ponta Grossa


Colégio Estadual Ana Divanir Borato
Colégio Estadual Polivalente

Maringá

Colégio Estadual Brasílio Itiberê

Mandaguaçu

Colégio Estadual Parigot de Souza

Fazenda Rio Grande

Colégio Estadual Cunha Pereira
Colégio Estadual Liria Nichele

Pinhais

Colégio Estadual Arnaldo Busato

Piraquara

Colégio Estadual Romário Martins
Marechal Cândido Rondon
Colégio Estadual Frentino Sackser