Educação infantil terá maior presencialidade

Nas escolas particulares que possuem alunos matriculados na educação infantil e ensinos fundamental e médio, diretores e coordenadores tiveram que readaptar o planejamento após o anúncio de que o modelo híbrido de ensino poderia contar com, no máximo, 30% de presencialidade. Por conta disso, escolas tradicionais de Londrina ouvidas pela reportagem contam que decidiram olhar com mais sensibilidade para as famílias dos alunos mais jovens.

Com cerca de 1,1 mil alunos, o Colégio Marista de Londrina decidiu aguardar um dia para dar início ao modelo híbrido de ensino por conta do receio da determinação de um novo adiamento. Se o retorno for mantido, os alunos que decidiram retornar, já nesta quinta-feira terão a temperatura aferida ainda dentro dos carros, afirmou o diretor, Jorge Lampe Narciso Junior.

Ele ressaltou que alunos de todas as séries terão direito ao ensino híbrido. No entanto, os da educação infantil e terceiro ano do ensino médio poderão passar mais tempo em aulas presenciais. "Porque eles têm menos autonomia. Na nossa conta, também será possível atender ao ‘terceirão’ porque entendemos que, como eles estão no último ano, atenderíamos a uma necessidade muito específica por conta do vestibular. Entendemos que vale a pena desta forma”, avaliou.

Ao todo, cerca de 340 alunos deverão retornar nesta semana. Outro ponto que favorece o retorno de forma segura, segundo o diretor, é o amplo espaço com quatro pontos de acesso, o que deverá evitar o encontro entre alunos de diferentes idades. “Pedaleiras” também foram instaladas em bebedouros para evitar o toque no equipamento e cada aluno foi orientado a trazer a própria garrafa. Ainda segundo o diretor, duas reuniões por dia serão realizadas para a avaliação dos processos e eventuais situações que possam ser aprimoradas.

Com cerca de 700 alunos e 70 professores, o Colégio Positivo Santa Maria vinha encarando as atividades no modelo híbrido como um "plano B". No entanto, a diretoria decidiu retornar já nesta quarta-feira. Na escola, 100% dos alunos da educação infantil cujas famílias sentiram-se à vontade para autorizar o retorno poderão ser atendidos.

“Redistribuiremos os alunos nas salas e poderemos acolher todos os alunos (dos anos iniciais). Nossa ideia é tê-los na escola e atender a todos. O nosso híbrido começa, de fato, a partir do 6º ano”, explicou o diretor da unidade de Londrina, Julio Felis.

Entre escolas particulares, instituições de ensino superior, cursos de idiomas e demais cursos livres, estima-se que cerca de 300 unidades poderão adotar o modelo híbrido a partir desta quarta-feira em Londrina.