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. | Foto: Pixabay

Um anúncio feito em um grupo do Facebook ofereceu vaga de estágio para pessoas com idade entre 14 e 18 anos na Folha de Londrina. No entanto, uma das pessoas que foi ao local indicado para se candidatar à vaga constatou que o endereço era de um curso preparatório. Quando chegou lá a candidata foi informada que se não realizasse o curso, que é pago, não conseguiria a vaga. O irmão da candidata desconfiou do processo seletivo casado com a necessidade de fazer o tal curso e entrou em contato com a Folha de Londrina e foi informado que o Grupo Folha de Comunicação não tinha realizado acordo algum com esta escola. “Esta ficha de cadastro que estão utilizando não é nossa. Não estamos solicitando ninguém para o cargo que estão oferecendo”, destacou o superintendente do Grupo Folha, José Nicolás Mejía. “Nos foi informado que estão agendando horário com as pessoas interessadas. Chegando ao local indicado, informam que só poderão concorrer à vaga de estágio quem pagar e fizer um curso ofertado por este grupo; usando nosso logotipo e logomarca”, destacou.

“A gente vê com preocupação esta situação e isso acontece cada vez mais frequentemente com diferentes empresas. É uma coisa realmente muito crítica e nos chama a atenção sobre a importância de ter cuidado nas redes sociais”, destacou Mejía. De acordo com ele, é preciso verificar muito bem a origem e as pessoas. “É cada vez mais comum que usem o nome e marcas de outras pessoas e empresas para gerar credibilidade sobre uma ação. Neste caso parece ser de um curso. A gente já fez todas as diligências legais a esse respeito, fazendo a denúncia”, destacou.

Ele ressaltou que a empresa alertou sobre o assunto nas redes sociais e no site. “Mesmo assim a gente acha importante recalcar a parte de que todo usuário tem que ter muito cuidado a respeito disso. Também nos leva à importância do que um veículo de comunicação sério como a FOLHA tem que fazer no momento de retificar as informações e evitando as fake news. É um alerta de como usar as redes sociais tanto a nível de informação como de transação”, apontou.

O responsável pela escola pediu perdão e disse que foi a filha dele que adicionou a vaga da Folha equivocadamente na hora de fazer a divulgação. “Ela pegou um link do formulário e achou que era uma vaga da Folha. Ela me falou que achou que era essa a vaga (a ser divulgada). Pedi para remover isso", declarou. A vaga seria para outras duas empresas.

O advogado que representa a FOLHA, Luiz Carlos Schilling, ressaltou que está apurando a questão do uso indevido do nome do jornal e está fazendo uma requisição à delegacia de Polícia Civil para apurar um possível crime de estelionato. “Ele diz que foi um engano, mas a FOLHA nunca fez convênio algum com uma escola nesse sentido, por isso não tem como ser um equívoco. Não tem como dizer que colocou o link errado. Está bem claro que está pedindo estagiário para a Folha. Se for um equívoco ficará provado. Se não for, a empresa deverá tomar as medidas judiciais cabíveis”, destacou.