A escassez de medicamentos necessários à intubação de pacientes com o quadro grave da Covid-19 em Londrina obrigou o poder público a requerer administrativamente os produtos a laboratórios com sedes na cidade. Após pedidos feitos pelas instituições de saúde no início da semana passada, a busca teve início nesta sexta-feira (19), dia em que o MPF (Ministério Público Federal) no Paraná também recomendou a estratégia para o município de Londrina. O órgão também recomendou controle dos estoques e gerenciamento da distribuição e uso dos medicamentos e de oxigênio medicinal no âmbito do município.

Imagem ilustrativa da imagem Escassez de medicamentos faz município requerer ao setor privado
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Dentre as seis unidades hospitalares que realizam o atendimento de pacientes com a Covid-19, o HU (Hospital Universitário de Londrina) é o que possui a maior demanda por medicamentos. Só para se ter uma ideia, a diretoria do hospital chegou a requisitar 500 ampolas de 5 mg do indutor do sono Midazolam, além de três mil doses de Morfina, medicamento amplamente utilizado para o tratamento da dor.

Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, três empresas foram visitadas pelos secretários municipais de saúde, Felippe Machado, Planejamento, Orçamentos e Tecnologia, Marcelo Canhada e Gestão Pública, Fábio Cavazotti. Nos locais, foram adquiridos medicamentos utilizados na sedação, relaxamento muscular e tratamento da dor destes pacientes. Entretanto, tubos endotraqueais, cateteres intravenosos e luvas também foram adquiridos pelo município.

O objetivo é destiná-los também aos demais hospitais que tratam a Covid-19. São eles Hospital do Coração, Santa Casa de Londrina, Hospital Evangélico e Hospitais Zona Norte e Zona Sul.

O Hospital do Coração informou que participou de uma compra conjunta com as outras entidades, conforme estabelecido em reunião do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), na semana passada, e que não mede esforços para que nada falte a nenhum paciente.

De acordo com o secretário municipal de saúde, Felippe Machado, as instituições terão entre 10 e 15 dias a mais para programarem as compras de novos lotes destes medicamentos após a entrega dos requeridos administrativamente.