Entidade de Maringá quer atendimento de urgência para o setor
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segunda-feira, 09 de outubro de 2000
A recém formada Associação Maringaense de Saúde Mental, que reúne pacientes e profissionais da área, quer lutar para que a cidade instale um atendimento de emergência para os portadores de deficiência mental. Hoje os doentes que enfrentam algum tipo de crise fora do horário de atendimento do Centro Integrado de Saúde Mental (Cisam), têm que ser encaminhado ao sanatório, onde ficam internado no mínimo 30 dias. Existem estudos mostrando que dependendo do caso o internamento apenas agrava a situação do paciente, diz a psicóloga Aparecida Moreno Panhossi Silva, chefe do Cisam.
Com um serviço de atendimento emergencial, ela acredita que o paciente terá melhores chances de recuperação. Faríamos no local o mesmo que o Cisam faz hoje, apenas em horários especiais, explica.
O centro foi criado no final de 1994, para atender no mesmo local todas as especialidades envolvidas com a saúde mental. Antes os postos ofereciam algum tipo de atendimento, mas o paciente não tinha um local com as especialidades integradas como aqui, diz Cida Moreno.
O Cisam tem quatro psiquiatras, 16 psicólogos e mais de 30 profissionais de outras áreas ligadas ao problema da saúde mental. Na média, calcula ela, são atendidos 130 pacientes por dia de toda a região, que abrange 29 municípios. Com o tratamento aqui reduzimos os casos de internamento, explica. Na média de três a quatro pacientes são internados por mês. Com a emergência psiquiátrica, todo serviço do Cisam será oferecido mesmo fora do expediente do centro. O que vai possibilitar o paciente ficar dois dias no centro e depois ser liberado, diz Cida Moreno. (Marcos Zanatta, de Maringá)