O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, afirmou à FOLHA, em entrevista exclusiva nesta quinta-feira (20), que o governo está aberto ao diálogo, via pastas de Administração e Fazenda, com a representação dos docentes.

“Eu acho que a reação a uma proposta é o debate, é a discussão, é a contraproposta
“Eu acho que a reação a uma proposta é o debate, é a discussão, é a contraproposta | Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

Em abril, os professores das universidades estaduais do Paraná aprovaram um indicativo de greve para a primeira semana de maio. A categoria cobra o pagamento das perdas inflacionárias dos últimos anos, que somam 42%. Até o momento, a gestão estadual sinalizou com uma data-base de 5,79% para este ano. O secretário diz que não considera oportuno e adequado “o movimento grevista como reação a uma proposta”.

“Eu acho que a reação a uma proposta é o debate, é a discussão, é a contraproposta. O governo tem seus canais de comunicação, de diálogo, via secretarias de Administração e Fazenda, que são as secretarias encarregadas dessa questão”, afirma Aldo. “Existe um entendimento do governo da sua possibilidade, considerando o orçamento, a realidade orçamentária, da realidade fiscal. Mas obviamente isso precisa ser conduzido com diálogo, e não com enfrentamento. No meu ponto de vista, o enfrentamento não é a melhor solução.”

Na semana passada, o Cruep (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paranaenses) encaminhou à Seti um estudo para mudanças nos planos de carreira de professores e funcionários. Aldo diz que a secretaria já se manifestou no sentido de que os pleitos são legítimos e que o documento está na pasta de Administração para análise técnica. “A gente acredita que há possibilidade de fazer avançar essas revisões de carreira”.

Em assembleia na terça-feira (18), os docentes de UEL (Universidade Estadual de Londrina) analisaram a minuta do plano e aprovaram três encaminhamentos: reafirmam a centralidade do movimento em relação à recomposição de 42%; aguardam uma proposição oficial do Governo do Estado em relação ao plano de carreira; e indicam ao Comando Sindical Docente uma preocupação sobre a quebra da equiparação do piso salarial entre técnicos de nível superior e docentes.

O Sindiprol/Aduel, que representa a categoria, deve convocar uma nova assembleia no começo de maio para deliberar pela deflagração ou não da greve.

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