Um empresário de 45 anos foi preso em flagrante na manhã de segunda-feira (9) por ter importunado sexualmente uma universitária em um ônibus interestadual que vinha de São Paulo a Londrina. Segundo a delegada plantonista da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Lívia Pini, a ocorrência foi lavrada por volta das 8 h, mas teria ocorrido de madrugada.

Imagem ilustrativa da imagem Empresário é detido por importunação sexual em ônibus
| Foto: Vítor Ogawa/Grupo Folha

A vítima relatou à polícia que o homem estava sentado no banco ao lado e teria colocado a mão nas suas partes íntimas, entre suas pernas. A jovem logo revidou e chamou o motorista. Um passageiro que estava no banco ao lado foi ouvido e teria testemunhado a cena. A Polícia Militar foi acionada e assim que o ônibus chegou à rodoviária de Londrina os passageiros foram retidos.

“O indivíduo foi identificado e levado à Central de Flagrantes da 10ªSDP, onde foi determinada a prisão por importunação sexual. Ele não tem antecedentes em Londrina, mas não se sabe se tem antecedentes no estado de São Paulo”, afirmou a delegada. O acusado alega inocência. "Ele falou que estava dormindo e que acordou quando a universitária estava tirando sua mão dela", disse Pini.

De acordo com a lei 13.718/18, importunação sexual é crime e impede o arbitramento de fiança em sede policial. “Ele ficará preso até a audiência de custódia”, afirmou a delegada. A pena pode variar entre um e cinco anos de prisão.

O caso ocorreu em uma linha da Viação Garcia. Em nota, a empresa afirma que "repudia qualquer tipo de assédio e violência contra qualquer passageiro, em especial às mulheres, e oferece ambientes cada vez mais seguros aos seus clientes, como por exemplo o Espaço Mulher. Informamos que a empresa ofereceu todo o suporte necessário à cliente".

PROTESTO

Antes da entrevista coletiva realizada na segunda-feira à tarde, na sede da Delegacia da Mulher, as policiais civis e estagiárias que atuam na unidade Delegacia da Mulher, no Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) e na DCCO (Divisão de Combate à Corrupção) realizaram um protesto contra o feminicídio. Elas portavam faixas e cartazes com dizeres: “Violência contra a mulher: O silêncio é o maior aliado do agressor. Denuncie” e “Todos por elas.”

A delegada- adjunta da Delegacia da Mulher, Magna Marina Ferreira Hofstaettere, afirma que o ato foi contra toda e qualquer forma de violência contra a mulher. “Infelizmente tivemos um caso de feminicídio que aconteceu dentro da nossa instituição. As providências já estão sendo adotadas. Foi para mostrar que a Polícia civil não coaduna com forma de violência seja ela praticada dentro ou fora da instituição", disse ela sem detalhar sobre o caso.