São José dos Campos, SP, 11 (AE) -A direção da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) informou desconhecer o parecer da Advocacia Geral da União sobre a negociação envolvendo 20% das ações da companhia com um consórcio francês. O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica colocaram sob suspeita a transferência acionária e pediram a interferência do governo para checar a legalidade da transação. A análise jurídica federal deverá sair nos próximos dias, mostrando que a venda foi legal.
A avaliação do contrato da Embraer com o grupo empresarial francês formado pela Aeroespatiale, Matra, Dassault, Snecma e Thomson- CSF foi feita pelos advogados da União e, segundo informações extra-oficiais, não se encontrou nenhuma irregularidade. A negociação também está isenta de qualquer recurso jurídico que possa desfazê-la. A direção da Embraer assegura que os procedimentos adotados eram legais e previstos no edital de privatização.
Para o presidente da ex-estatal, Maurício Novis Botelho, a aliança estratégica feita com o grupo estrangeiro garantirá à Embraer o nível de competitividade necessária no disputado mercado de jatos regionais. Além disto, a empresa brasileira poderá agregar aos seus produtos novas tecnologias e expandir suas fronteiras comerciais
principalmente na ásia.