No período de um mês, o Paraná registrou nove mortes por afogamentos e uma pessoa com ferimentos graves em operações de busca e salvamento realizadas pelo Corpo de Bombeiros. Nesse intervalo foram realizadas várias ações por conta de de situações de afogamento, 54 delas dentro da Operação Verão. Algumas ocorrências tiveram mais de uma vítima, a mais numerosa foi o episódio em que quatro pessoas com idade entre 27 e 35 anos foram resgatadas ilesas em Matinhos, no dia 20 de dezembro.

Polícia Militar orienta banhistas sobre como agir em pousos de
helicóptero na praia
Polícia Militar orienta banhistas sobre como agir em pousos de helicóptero na praia | Foto: BPMOA/AEN

Das mortes, duas ocorreram em Londrina e uma em Tamarana. No interior do Estado também foram registradas mortes em Piên (Sudeste), Cascavel (Oeste) e Santa Helena (Oeste). Em Curitiba houve um episódio de afogamento com morte.

No litoral, a primeira vítima fatal foi um jovem de 16 anos que desapareceu no dia 22, após a canoa em que ele estava virar na Baía de Paranaguá. A outra morte foi de um jovem de 18 anos, que se afogou na Praia Brava de Caiobá, em Matinhos. Ele estava desaparecido desde o dia 26. Um jovem de 21 anos, que desapareceu na segunda-feira (25), entre os balneários Gaivotas II e Junara, em Matinhos, também era procurado pelos bombeiros.

OPERAÇÃO VERÃO

O tenente Victor Kamei,do 9º SGBI (Subgrupamento de Bombeiros Independente), relatou que a Operação Verão começou no dia 17 de dezembro, quando foi designada a instalação de postos e a utilização de emprego de guarda-vidas para fazer a prevenção aquática. A operação compreende o emprego de recursos materiais e humanos na Costa Leste e Oeste, com a finalidade de resguardar e proteger os banhistas durante a temporada de verão até o Carnaval.

Ao todo, ocorre a ativação de 113 Postos de Guarda-vidas, sendo 92 na região litorânea e os demais distribuídos nas regiões Centro-sul e Oeste do Estado. Para tanto, 752 Bombeiros Militares e 167 Guarda-vidas Civis são designados para atuarem nas atividades de prevenção e salvamentos diversos. Além dos recursos humanos, também acontece o emprego de viaturas, materiais e embarcações necessários para o desempenho das missões.

No caso do 9º SGBI, ele atua em buscas e salvamentos nos rios Paraná, Paranapanema, Ivaí e outros de menor porte e em balneários como Porto Rico e São Pedro do Paraná, na Costa Oeste. “A gente está distribuído em vários postos, quatro deles em Porto Rico, três postos em Porto São José e dois postos do Porto Maringá. A gente orienta para o pessoal que for frequentar esses portos, que procure sempre áreas de banho em locais protegidos por um guarda-vidas. Esses seriam os locais mais seguros para se banhar. É preciso verificar quais são as condições do rio e até onde o pessoal pode ir. Nessas prainhas mais frequentadas a gente delimita algumas áreas para as crianças”, destacou.

Ele ressaltou que os locais protegidos por guarda-vidas são sinalizados com bandeiras. “Nosso pessoal está uniformizado e isso torna fácil de identificá-los. Nessa época os adultos tendem a consumir bebidas alcoólicas e, dependendo da quantidade que a pessoa ingere, acaba perdendo um pouco o equilíbrio e um pouco da noção de onde está. Isso acaba sendo perigoso, então não exagere.”

Guarda-vidas do Corpo de Bombeiros do Paraná fizeram na terça-feira (27) um treinamento com aeronaves em Porto Rico, no Noroeste. A iniciativa foi conduzida pela Casa Militar, com o objetivo de reforçar técnicas fundamentais para o resgate de vítimas de afogamento. O governo do Paraná disponibilizou um helicóptero para atender o Verão Maior Paraná nos municípios do Noroeste. A aeronave da Casa Militar estará à disposição da Polícia Militar até o término das festividades de Ano-Novo. Outros dois atendem o Litoral.

De acordo com o 2º tenente do Corpo de Bombeiros, Warison Cauê Padovani Pinto, o treinamento é necessário para habituar os profissionais em salvamentos nos locais de difícil acesso. “Em algumas situações o uso da aeronave é mais indicado para o salvamento, pode ser por dificuldade em acessar o local ou devido à distância em que se encontra a vítima. Nesse caso, a aeronave busca um guarda-vidas no posto mais próximo e faz o lançamento na água”, disse.

Além das técnicas de resgate com aeronaves, durante o treinamento também foram ministradas aulas teóricas e práticas aos bombeiros que adquiriram habilidade técnica para operar embarcados em helicópteros, e também para aqueles que ainda não haviam passado por uma experiência semelhante.

“Vários guarda-vidas não haviam realizado esse treinamento ainda, então tiveram toda a parte de instrução de como fazer o embarque na aeronave, sinais de comunicação, e como saltar com o pessoal da Casa Militar”, explicou o tenente.

O helicóptero será utilizado para rondas aéreas na área, em especial aos municípios de Porto Rico, distrito de Porto São José (São Pedro do Paraná) e Porto Maringá (Marilena), principais pontos turísticos do Noroeste, mas o Corpo de Bombeiros também poderá utilizar a aeronave para operações de salvamento aquático, se necessário.

LITORAL

Para quem vai ao litoral, a recomendação é a mesma. “É procurar os pontos com guarda-vidas. Lá tem um efetivo maior trabalhando. O banhista deve seguir as orientações gerais dos bombeiros. Os guarda-vidas são treinados e as orientações são as mesmas. É preciso respeitar as orientações e advertências do nosso pessoal" , destacou Kamei.

O BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas) contará com dois helicópteros para a atuação policial durante o Verão Maior Paraná no litoral paranaense. Um será utilizado exclusivamente para operações policiais ostensivas e repressivas, já o outro foi equipado para o serviço aeromédico de transporte de pacientes, busca e salvamento, e resgate. (Com Agência Estadual de Notícias)

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