Curitiba - Amigas, amigos e admiradores da bailarina Maria Glória Poltronieri, a Magó, de 25 anos, violentada e morta no último domingo (26) em uma cachoeira no município de Mandaguari, na região de Norte do Paraná, se reuniram nesse sábado (1) na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para uma série de homenagens.

Imagem ilustrativa da imagem Em Curitiba, ato de homenagem à bailarina Magó reúne mais de 200 pessoas
| Foto: Mariana Franco Ramos/Grupo Folha

O ato começou às 16 horas, mesmo horário em que familiares também a homenagearam em sua cidade natal, Maringá, e se estendeu até perto das 18 horas.O protesto, de tom pacífico, foi organizado de forma espontânea, pelas redes sociais. Alguns dos cerca de 200 presentes usavam camisetas na cor branca, com o rosto da jovem e os dizeres "A vida pede passagem, #MagóPresente".

Do alto de um caminhão de som, estacionado em frente ao Teatro Guaíra, algumas pessoas leram poesias. Houve performances artísticas e distribuição de flores. No fim, os participantes seguiram até a Praça do Homem e da Mulher Nus, acompanhados da "Bloca feminista Ela Pode, Ela Vai"."Esse ato de lembrança está acontecendo em vários lugares do Brasil, motivado pelo próprio pai, o Maurício Borges, por causa da corrente de amizade que ela tinha, as relações artísticas e pessoais, e por ela ser uma pessoa muito engajada nas causas humanas, de defesa da natureza, do ser humano, da mulher, do sagrado feminino", conta a professora Kelly Lotz, amiga da família há mais de 30 anos.

"O que une a gente aqui é pedir a paz. Que a gente olhe com mais ternura para as outras pessoas e que essa sensibilidade artística que a Magó traz, o trato com as pessoas, possa reverberar cada vez mais entre os seres humanos", destaca. Kelly refoça que todas as vidas são importantes e que Magó era um "ser de luz, que sempre uniu a todos pela arte, pelo respeito aos seres humanos e pela natureza".

O feminicídio da artista causou comoção e indignação. Laudo preliminar do IML (Instituto Médico Legal) mostra que ela foi enforcada e violentada sexualmente. A Polícia Civil investiga o caso e ainda busca suspeitos do crime. Fotos tiradas no local têm sido usadas para ajudar na identificação.