Em 2023, PRF de Londrina apreendeu mais de 31,4 toneladas de drogas
Além dos entorpecentes, também foram retirados de circulação 29 armas e mais de 2,7 milhões de maços de cigarro contrabandeados
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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
Além dos entorpecentes, também foram retirados de circulação 29 armas e mais de 2,7 milhões de maços de cigarro contrabandeados
Jessica Sabbadini - Especial para a FOLHA
Por meio das fiscalizações em rodovias da Região Norte do Paraná, a Delegacia da PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu mais de 31,4 toneladas de drogas ao longo do ano de 2023, batendo o recorde histórico de apreensões. Com um aumento de 90% nas apreensões se comparado ao ano de 2022, segundo a corporação, o treinamento e aperfeiçoamento dos agentes é o que vem fazendo a diferença no trabalho de fiscalização das rodovias federais da área.
O policial rodoviário federal Rafael Sambatti, da Delegacia de Londrina, explica que o crescimento de quase 90% na quantidade de drogas apreendidas em operações em 2023, se comparado ao ano anterior, foi possível através dos treinamentos e do aperfeiçoamento dos agentes policiais. Além disso, segundo ele, a experiência e o tempo de atuação também fazem a diferença no trabalho que é realizado.
Em 2023, foram apreendidos 31,4 toneladas de entorpecentes, sendo que em 2022 foram pouco mais de 16,6 toneladas. A maior parte da droga apreendida é maconha, mas também foram retiradas de circulação quantidades de cocaína, haxixe, crack e skunk. Em todo o Paraná, foram apreendidas 195 toneladas de entorpecentes em 2023, 46% a mais do que em 2022.
Segundo o policial, as apreensões foram feitas na área de abrangência da 7ª Delegacia da PRF de Londrina, que envolve as rodovias: BR-153, que começa na divisa do Paraná com a cidade de Ourinhos, em São Paulo, e cruza parte do Norte Pioneiro até chegar a Ibaiti; e a BR-369, que também começa em Ourinhos e finda no Km 202, em Apucarana, e traz alguns pontos estratégicos no combate às drogas.
As apreensões de drogas, de acordo com Sambatti, acontecem através do trabalho diário de fiscalização feito pelos policiais, principalmente em ônibus e em veículos de carga. O trabalho também envolve a ajuda de cães farejadores, que auxiliam na identificação de substâncias suspeitas em meio às cargas de outros produtos. “A conduta do motorista é um fator muito importante. O comportamento humano diz muito a respeito do que acontece dentro de um veículo e, também, o próprio ato da condução”, explica, complementando que o nervosismo e a direção perigosa são indicativos de abordagem para os policiais.
Como forma de tentar burlar a fiscalização, o policial conta que os traficantes escondem os entorpecentes de diversas formas, como em meio a carga, principalmente a granel, assim como em assoalhos falsos. “Quando eles têm apoio de outros veículos, a droga também é trazida de forma solta e em grande quantidade dentro do carro, como no porta-malas e nos bancos”, detalha.
Além das drogas, a Delegacia da PRF de Londrina aprendeu 29 armas, sendo que em uma única operação foram recuperadas 24 pistolas 9mm e dois fuzis. “O crime de armas você não consegue mensurar o tamanho porque ele não tem fim. Enquanto a arma tiver potência de lesar, ela vai estar prejudicando as pessoas”, afirma. No ano passado, também foram retirados de circulação 2,7 milhões de maços de cigarro de origem ilegal.
Como principal ponto de partida, Sambatti afirma que as drogas costumam sair do Paraguai ou do Mato Grosso do Sul e, a partir daí, são distribuídas pelo país. “O combate ao crime organizado é pautado em diversas esferas, sendo que uma dessas esferas é a fiscalização diária de rua e de pista”, reforça, acrescendo que o trabalho é feito em cima do modo de agir das organizações criminosas, já que, no Brasil, o escoamento de grande parte das cargas, tanto lícitas quanto ilícitas, é feito através das rodovias. “Toda vez que você fiscaliza um veículo você está tentando impedir o transporte da droga”, aponta.
Presente em todas as classes sociais, a droga é capaz de destruir famílias e, por isso, o policial rodoviário federal afirma que, toda vez que eles fazem a retirada qualquer quantidade de entorpecentes de circulação, vem a certeza de que aquele produto não vai chegar ao consumidor final e, com isso, destruir mais vidas. O material recolhido nas apreensões é encaminhado à Polícia Judiciária, que faz a liberação para que a carga seja destruída.
“As apreensões, tanto de drogas quanto de cigarro ou de armas, são fruto de trabalho, de empenho e de muita dedicação de homens e mulheres da Polícia Rodoviária Federal, através de levantamentos, estatísticas de inteligência e de operações com cachorros”, afirma. Segundo ele, junto com a união com outros órgãos, o trabalho é contínuo para que a sociedade tenha mais paz e que exista a manutenção do bem estar das famílias.