Os agentes do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná) que trabalham na região de Londrina apreenderam 3.387 celulares que foram lançados para dentro de cadeias e delegacias ainda compartilhadas com a Polícia Civil. O número foi fornecido à FOLHA por meio da Lei de Acesso à Informação. O levantamento abrange quatro presídios (PEL 1, PEL 2, Casa de Custódia de Londrina e Creslon) e 22 carceragens de municípios do Norte e Norte Pioneiro. O órgão disse que não possui dados dos anos anteriores.

Imagem ilustrativa da imagem Em 2020, Depen apreendeu 3,3 mil celulares que seriam jogados em cadeias de Londrina e região
| Foto: Reprodução/PM

Segundo o coordenador regional do Depen, Reginaldo Peixoto, 90% dos aparelhos apreendidos, ou seja, 3.048, foram apreendidos no momento em que os criminosos tentavam jogar os aparelhos. "A quantidade expressiva de apreensões é resultado da intensificação nas barreiras de contenção, como o uso de câmeras de segurança e alarme monitorado. Não é possível apontar em qual lugar esses lançamentos irregulares acontecem com mais frequência. É variado", explicou.

São cerca de 6,5 mil presos nas unidades da regional de Londrina. Nestes locais, o Depen contabilizou em janeiro deste ano 422 arremessos de celulares, a maior parte na PEL 2 (385 no total). Foram cinco na PEL 1, dois no Creslon, três em Rolândia, dois em Cornélio Procópio, 12 em Cambé, 9 em Cambará, 2 em Arapongas e 2 em Apucarana.

A fiscalização também conta com apoio da Polícia Militar. Na última segunda-feira (1º), dois rapazes que jogariam seis minicelulares foram detidos por agentes do Depen e policiais na frente do 5º Batalhão. Além disso, carregadores, fones de ouvido e porções de maconha estavam na encomenda. A dupla foi levada para a Central de Flagrantes.

"Alguns PMs ficam nos muros das penitenciárias, escoltas especiais e equipes rondam os presídios para impedir a entrada desses materiais ilícitos. Muitos adolescentes são apreendidos nessas ocasiões. Já tivemos até confrontos com pessoas que tentaram jogar os produtos", ressaltou o tenente-coronel Nelson Villa, comandante do 5º Batalhão.