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. | Foto: Gina Mardones

A Secretaria de Saúde de Londrina divulgou na manhã desta terça-feira (28) o 2° LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2019. O índice de infestação predial foi de 5,3%, com focos do mosquito em 699 imóveis.

O Aedes aegypti também pode transmitir quatro doenças: dengue, zika, febre amarela e chikungunya. A última também circula no município. Segundo a Secretaria de Saúde, uma criança - moradora da região Oeste e que não deixou a cidade - foi o primeiro caso de chikungunya confirmado em Londrina em 2019.

O índice de infestação do Aedes no primeiro levantamento do ano, divulgado em janeiro, era de 7,9%. Mesmo com queda em relação a janeiro, o número é maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (4,7%).

“Nós consideramos esse índice bastante alto, uma vez que nós tivemos no primeiro semestre um número elevado de casos, seis óbitos, fizemos várias ações e ainda assim temos a infestação de 5,3%. Era para estar muito mais baixo”, lamentou a diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes. O índice ainda coloca Londrina em situação de risco para epidemia, conforme a classificação do Ministério da Saúde.

Londrina só não entrou em epidemia, pois os quase 4.500 casos em investigação ainda não foram confirmados. Mas, de acordo com a diretora, os impactos epidêmicos já foram sentidos. “Epidemia é um detalhe. A epidemia pode trazer serviços de saúde sobrecarregados. Fevereiro e março foram complicados em termos de assistência e tivemos óbitos.”

A maioria dos focos (60%) segue nas residências, o que, para Fernandes é alarmante. “Independentemente de todas as nossas ações, as pessoas não tomam consciência e continuam a criar o Aedes dentro de casa.” A região Sul e o Centro lideram o maior número de focos do mosquito – as duas com 5,79% - seguidas da região Leste (5,13%), Norte (5,07%) e Oeste (4,89%).

São três sorotipos do vírus da dengue na cidade, 1, 2 e 4. Para o segundo semestre, Fernandes vê uma situação mais complexa. Isso porque se uma pessoa adquiriu dengue tipo 1 no primeiro semestre e no segundo adquire o 4, a probabilidade de se agravar, inclusive para o óbito, é alta, como alerta a diretora de Vigilância em Saúde.

MARINGÁ

Em Maringá (Noroeste), uma mulher de 30 anos foi diagnosticada com a doença na quarta-feira (22). Os sintomas de chikungunya podem se manifestar 12 dias após a picada e são similares aos da dengue. Febre, manchas avermelhadas na pele, dores de cabeça e cansaço. O diferencial está nas dores das articulações, significado do nome da doença no idioma da Tanzânia, onde foi registrada pela primeira vez. Contudo, a chikungunya é assintomática em 30% dos casos, segundo o Ministério da Saúde.