Os modelos educacionais estão adaptados às inovações tecnológicas? Como avançar em metodologias a partir das novas ferramentas digitais? Quais caminhos nos levam à educação do futuro e o que se espera dela? Para debater os novos rumos que as tecnologias impõem à educação brasileira, um time de painelistas compartilhou suas experiências na 16ª edição do EncontrosFolha.

O evento reuniu diversos especialistas nesta manhã de terça-feira (13), no Aurora Shopping, em Londrina. Com o tema “Inovação, Tecnologia e Conectividade em Educação”, os convidados puderam refletir sobre o uso das novas tecnologias como ferramenta para educar e, principalmente, transformar.

O superintendente do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía, destacou que “o EncontrosFolha tem o objetivo de debater temas importantes, com a função social de impulsionar discussões para o desenvolvimento sustentável, cujo principal pilar é a educação”.

Ele enfatizou ainda que, só é possível provocar mudanças quando se olha para as necessidades reais. “A pandemia acelerou o processo de transformação digital, especialmente na área de educação, mas também trouxe junto a desigualdade social. Nosso objetivo é discutir propostas e soluções, assim como lutar por elas”, afirmou.

Leia também: Esportes nas escolas mantêm educação em movimento

EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA

O fundador e CEO da Upper, Flávio Tavares, foi o primeiro a falar para os convidados e ressaltou que a mídia hoje é uma grande ferramenta para educar empresas e instituições na missão de formar cidadãos mais conscientes e preparados. Em seguida, Tavares deu lugar à educação transformadora, esmiuçando conceitos como “Lifelong Learning”, que significa aprendizado ao longo da vida, em tradução livre. “É um conceito que se baseia na percepção de que a vida é um aprendizado. É se mover de forma autoral”, afirma.

Nesse contexto, Tavares aponta como desafios para a educação transformadora, o resgate da autoralidade, do sentir e do humano. “Precisamos de protagonismo. O Brasil é o país que passa mais tempo conectado em aplicativos em todo o mundo e nossos filhos estão sendo educados pelos algoritmos. Devemos ter autonomia sobre o que e como vamos aprender, assim como precisamos saber desaprender e aprender algo novo, além do desejo de buscar novas perspectivas”, ressalta.

A docente na área de Educação da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), Silvana Rodrigues Quintilhano, também deu destaque às metodologias ativas de aprendizagem, a partir das vivências em sala de aula, “buscando romper com pequenos paradigmas no ensino tradicional para novas possibilidades de aprendizagem e na construção do conhecimento”.

Quintilhano, porém, lembrou que ainda é um grande desafio a falta de acesso à banda larga em muitos lares e instituições de ensino no País, assim como a falta de acesso à capacitação eficientes de professores. Em seguida, o docente na área de TI do IFPR (Instituto Federal do Paraná), Fernando Accorsi, defendeu a importância do pensamento educacional na Educação Básica.

Aos convidados, ele falou da experiência com o programa Wash (Workshop Aficionados em Software e Hardware), que tem como premissa, o acesso dos estudantes com o universo da computação, por meio de oficinas. O projeto piloto envolveu alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Maestro Roberto Panico, na zona leste da cidade.

“É uma forma de evidenciar o uso de tecnologia de maneira transversal e relacionada às outras disciplinas, disseminando a popularização da tecnologia e fomentando o interesse das crianças através de ambientes de exploração de materiais tecnológicos aplicados no dia a dia”, conclui. A mediação do debate foi feita pelo editor da FOLHA, Diego Prazeres.

O EncontrosFolha é um evento do Grupo Folha de Londrina e tem parceria do Sebrae, patrocínio da Integrada Cooperativa Agroindustrial e apoio de Frezarin e Upper. A cobertura completa do evento será publicada na edição de FDS (17 e 18 de setembro).

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.