Brasília - O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (13) que o Inep, órgão responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), vai se reunir com a Polícia Federal para avaliar o avanço das investigações sobre eventuais irregularidades no exame.

Camilo participou na manhã desta segunda-feira (13) de cerimônia para a sanção da lei que atualizou o sistema de cotas, no Palácio do Planalto. Após o evento, o ministro foi questionado sobre os avanços da investigação da Polícia Federal. O órgão foi acionado para investigar o vazamento de imagens das provas.

"Haverá uma reunião amanhã [terça, 14] do coordenador do Inep com o superintende da Polícia Federal e com o secretário nacional de Segurança Pública [do Ministério da Justiça] para a gente avaliar em que pé estão as investigações, as diligências que foram tomadas em relação aos fatos ocorridos durante o Enem", afirmou o ministro.

Foi realizado neste domingo (12) o segundo dia de provas do Enem, em todo o país. Após o primeiro dia de exames, no domingo (5), o Inep informou que identificou imagens do caderno de provas do Enem 2023 em circulação nas redes sociais. O órgão afirma que acionou a PF.

Ligado ao MEC (Ministério da Educação), o Inep afirmou, por sua assessoria de imprensa, que as imagens surgiram após as 13h, quando os portões foram fechados. O instituto não trabalha, por ora, com a tese de que a prova tenha sido vazada.

As regras de segurança impedem que os candidatos fiquem com celular ou equipamentos eletrônicos durante o exame. A saída dos estudantes com os cadernos de prova só é permitida após 4 horas do início da prova.

A PF identificou oito pessoas que divulgaram fotos dos cadernos de questões no primeiro dia da prova. Uma delas é de Cornélio Procópio. Segundo a corporação, todos são casos de publicações após o fechamento dos portões e início dos exames do último domingo (5).