A Diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa/PR), Maria Goretti David Lopes, afirmou que o advento da variante delta do novo coronavírus em Apucarana obriga a população a ficar em estado de alerta. "Alerta, alerta e alerta. Estamos fazendo um aumento da estratégia de testagem e precisamos acelerar o processo de vacinação no Paraná, que é o que a gente está fazendo inclusive com a distribuição da Astrazeneca. Já está planilhado com o Cosems/PR (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná), e já foi pactuada essa distribuição com a comissão intergestores bipartite e todos já foram informados sobre os grupos prioritários", destacou Lopes.

A Diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa/PR), Maria Goretti David Lopes, afirmou que o advento da variante delta do novo coronavírus em Apucarana obriga a população a ficar em estado de alerta.
A Diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa/PR), Maria Goretti David Lopes, afirmou que o advento da variante delta do novo coronavírus em Apucarana obriga a população a ficar em estado de alerta. | Foto: Divulgação/Sesa-PR

A diretora relatou que tem trabalhado nos aeroportos, no Porto de Paranaguá e nas fronteiras secas do Paraná. "Estamos fazendo todo o possível para evitar o fluxo de pessoas e as aglomerações, orientando a população para que mesmo no feriado de agora (Corpus Christi) não se deslocarem, e ficarem em casa. Nós estamos comunicando, pedindo, recomendando tudo o que é possível. Inclusive estamos realizando uma ação no aeroporto por meio de testagem com antígeno no aeroporto Afonso Pena, que é o mais importante de nosso estado, por ser um aeroporto internacional. Selecionamos voos chegando de Guaíra. Começamos hoje (2) esse trabalho com uma equipe da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no desembarque do aeroporto. Colocamos equipes coletando amostras para avaliar a situação das pessoas que estão desembarcando no Paraná. Tomamos uma série de medidas, com ações de detecção precoce de surtos, manutenção de medidas restritivas nas fronteiras e com a ampliação da testagem no Estado. Tudo o que é possível estamos fazendo", ressaltou Lopes.

Segundo a diretora, o fato do exame que detectou a nova cepa ter sido feito em abril indica que há mais casos circulando, dessa mesma variante. "O vírus tem essa capacidade. Ele é bem ágil e é rápido. Nós só podemos confirmar se é essa variante ou não com o sequenciamento genético. Então temos que mandar para o laboratório de referência, que é a Fiocruz, do Rio de Janeiro, e tem o tempo de processamento. Eles devolveram só agora e foi quando obtivemos a resposta. As medidas já estavam sendo adotadas e as mantivemos. Estamos alertando a população quanto a gravidade de uma transmissão comunitária com a nova cepa."

Segundo ela, quando há o registro de um caso a pasta faz essa avaliação por meio do sequenciamento genético. "Com a coleta que vai para a Fiocruz, a gente faz a avaliação de quantas pessoas tiveram contato com esse caso e esses contatos tiveram contato com mais quem? Quantos adoeceram? Quantos foram a óbito? É uma cadeia e isso demanda um trabalho, um esforço muito grande das equipes de vigilância epidemiológica para identificar esses contatos, os amigos e familiares e fazer os devidos bloqueios. É o que a gente fala que é o rastreio e monitoramento de contatos. A gente rastreia o caminho do vírus e monitora esses casos todos. Quem foi internado e quem foi a óbito? A gente tem que fazer isso permanentemente."

"A vacina sempre nos protegeu. Temos que confiar nela. Não é só a da Covid 19. Temos um histórico com vacinas para outras doenças. Queremos mais doses para agilizar todos esses processos de vacinação no Paraná e de nosso povo", declarou.