O brasileiro Jamil Degan, 63, divulgou ontem uma nota à imprensa negando ter sido o autor do dossiê Caribe e afirmando nunca ter tido negócios com o reverendo Caio Fábio d’Araújo Filho. Caio Fábio foi o elo de ligação entre as pessoas que conheciam o suposto dossiê e a frente de oposição ao governo.
O suposto dossiê é uma reunião de papéis, sem autenticidade comprovada, que colocariam o presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Mário Covas, o ministro José Serra (Saúde) e o ministro Sérgio Motta (Comunicações, morto em abril) como proprietários da empresa CH, J & T no Caribe.
Caio Fábio havia dito que fora procurado por um cidadão, em Miami, que se identificou como James Degan. Essa pessoa teria oferecido o dossiê, por cerca de US$ 4 milhões. No último dia 19, Caio Fábio enviou correspondência eletrônica a alguns jornalistas dizendo que tinha sido procurado no dia anterior, novamente em Miami, por um brasileiro, que mostrou documentos provando ser Jamil Degan.
Na nota divulgada ontem, Degan diz que não conhece Caio Fábio e nunca teve negócios com ele. A reportagem da Folha de S. Paulo está tentando falar com Degan desde sexta-feira. Ele mora em Nova York, na rua 56, mas ninguém atende os telefonemas.
‘‘Não conheço o pastor Caio Fábio, nunca tive negócios com ele e estranho a vinculação do meu nome junto ao caso dossi꒒, afirmou Degan em sua nota.