Imagem ilustrativa da imagem Dois policiais ambientais e três fazendeiros são presos no Norte Pioneiro
| Foto: Sergio Ranalli

O núcleo de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu, na manhã desta quarta-feira (15), cinco mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão. Os presos são dois policiais militares e três proprietários rurais em São Sebastião da Amoreira (Norte Pioneiro).

Investigações do Gaeco e da 2ª Promotoria de Justiça da Auditoria Militar de Curitiba indicaram que policiais militares lotados em um posto da Polícia Ambiental na PR-218 receberiam benefícios ilegais para garantir a segurança das propriedades rurais e, eventualmente, permitir infrações ambientais.

Os policiais, integrantes da Força Verde, estariam ainda omitindo-se de fiscalizar caça de animais silvestres no interior de uma das fazendas e até mesmo teriam participado de caça ilegal. Além disso, são investigados crimes de peculato dos policiais, consistentes na apropriação de doações de combustíveis e outros materiais destinados à Polícia Ambiental.

Segundo o coordenador do Gaeco em Londrina, Jorge Barreto, os policiais recebiam propina dos fazendeiros para protegerem as propriedades e também para fazer vista grossa para crimes ambientais. "Vamos analisar os materiais apreendidos e na sequência oferecer denúncia criminal contra os investigados" disse. Foram confiscados documentos, quatro armas, munição, objetos de caça e cerca de R$ 160 mil em dinheiro na casa de um dos investigados.

Imagem ilustrativa da imagem Dois policiais ambientais e três fazendeiros são presos no Norte Pioneiro
| Foto: Divulgação

O Gaeco também investiga a construção do posto da Polícia Ambiental erguido em meados de 2015 na área de uma fazenda. A sede teria sido construída com dinheiro do proprietário da fazenda e com ajuda de donos de terras vizinhas.

A prisão expedida é temporária, de cinco dias, podendo ser prorrogada pela Justiça pelo mesmo período. Os nomes dos investigados não foram divulgados pelo Gaeco. Por conta da quarentena, os proprietários rurais presos foram levados para a CTL (Centro de Triagem de Londrina) para posterior encaminhamento para uma penitenciária de Londrina. Já os policiais devem ficar no 5º Batalhão da Polícia Militar até que sejam transferidos para Curitiba.