Depois de seis anos sofrendo de cirrose hepática, o auxiliar administrativo Rubens Pereira de Oliveira, de 47 anos, de Curitiba, está começando vida nova. Ele se recupera de um transplante de fígado. O diferencial da cirurgia foi a utilização de apenas parte do órgão do doador no procedimento.
A cirurgia foi realizada pela equipe médica do Hospital Angelina Caron, localizado em Campina Grande do Sul (Região Metropolitana de Curitiba).
O doador foi um rapaz de 26 anos vítima de acidente de trânsito em Lages (SC).
De acordo com o responsável pelo Serviço de Transplantes do Hospital Angelina Caron, João Eduardo Nicoluzzi, transplantes de apenas parte do fígado não são comuns. Neste caso, o paciente recebeu 70% do órgão. Os 30% restantes foram destinados para uma criança que passou pelo procedimento no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a beneficiada foi uma menina de 8 meses portadora de atresia biliar.
São poucos os centros do País que contam com estrutura e equipe treinada para realizar essa forma de procedimento. A pessoa precisa que o órgão tenha pelo menos 1% do peso corporal dela. Por isso, ainda que não seja o órgão todo, o fígado é capaz de se regenerar com o tempo, explica Nicoluzzi.
O índice de mortalidade de quem aguarda a vez de ser submetido à cirurgia é superior a 40%. Segundo ele, tentativas semelhantes já haviam sido tentadas no Paraná. Em nenhuma delas, porém, o receptor sobreviveu.
O transplante de fígado é um dos mais complexos. Quando captado, o órgão é colocado em uma geladeira portátil e preservado em temperatura inferior a 4 graus. O tempo de isquemia (em que o órgão permanece congelado) deve ser o menor possível para que possa funcionar com sucesso.
● Doença que causa a degeneração progressiva do fígado
● É um órgão que atua como uma glândula do corpo humano e se localiza no canto direito superior do abdômen, sob o diafragma
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